
Atos 11:26 explica: “E sucedeu que todo o ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos pela primeira vez chamados cristãos”. O objetivo de se reunir em uma igreja – do grego ekklesia (assembléia, reunião) – é louvar e adorar a Deus, ensinar e aprender a Sua Palavra. Então, durante um ano os discípulos se reuniram naquela assembléia, naquela ekklesia – que provavelmente se reunia em uma casa e não em um templo – ensinando ao povo as palavras de Jesus, que eles mesmos haviam ouvido, pessoalmente. Este relato foi escrito por volta do ano 60 da era atual, e antes disso, os seguidores de Jesus eram chamados de “discípulos” (aluno ou seguidor). Mas em Antioquia, pela primeira vez, foram apelidados de “cristãos”. Portanto, a pessoa que segue os ensinamentos de Cristo é uma pessoa cristã.

Por causa da fé, os primeiros cristãos enfrentaram tudo isso, até que no ano 313 Constantino resolveu oficializar o cristianismo. Os judeus, que se opunham aos cristãos, bem como outras religiões, foram obrigados por decreto a se tornarem cristãos. Obviamente, isto é um erro, pois a Palavra diz: “não por força e nem por violência, mas pelo meu Espírito” (Zacarias 4:6).

Em suma, Constantino fez todos se “converterem” por decreto, e chamou a essa agora enorme comunidade de “universal”, em grego katholikós - geral, universal, latinizado para catholicus. Esse era o projeto do imperador, uma religião global – algo que o futuro inimigo de Cristo também tentará fazer em breve. O poder dessa igreja foi dado aos sacerdotes mais próximos da corte, que logo buscaram ser os chefes de todos os outros. Passando a denominar-se “o pai de todos” (em latim: “papa”), criaram uma espécie de “genealogia” que regredia trezentos anos.

Até hoje essa informação (a árvore genealógica ou “linha sucessória”) tem chegado ao mundo como se fosse não apenas a partir do ano 313, mas desde o primeiro século. Isso não é verdade. Atos 11:26 mostra que antes de 313 não havia igreja católica e, sim, Igreja Cristã. As pessoas que acreditavam em Cristo não eram católicas, mas cristãs! Se você ler todo o livro de Atos dos Apóstolos, que abarca o primeiro século, verá que em nenhum momento a igreja foi chamada de católica. Tudo isto está não só nos livros de religião, mas nos livros de História. A história do mundo nos explica como surgiu a igreja católica apostólica romana. Além do mais, o apóstolo Pedro foi um líder conhecido pelos cristãos primitivos, mas nunca foi de fato “papa”. Leia mais aqui.
A igreja católica é portanto, posterior ao cristianismo, porque os cristãos, assim chamados em Antioquia no ano 60, existiam bem antes da igreja católica, que teve a sua sede colocada em Roma. A igreja cristã nasceu em Jerusalém. Leia Atos 2:38, que trata da pregação veemente de Pedro anunciando Jesus como o único Salvador, único Juiz dos vivos e dos mortos, único Senhor; veja o arrependimento das pessoas e o que Pedro disse ao povo: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo”.
Quem ouviu esta pregação foi batizado (v. 41 ao 47): “foram batizados os que receberam de bom grado a sua palavra e naquele dia agregaram-se quase 3 mil almas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão e no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas, repartiam com todos, segundo a necessidade de cada um. E perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão, em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que iam sendo salvos”.
A primeira igreja surgiu assim. As pessoas se batizaram no mesmo dia em que ouviram a pregação, participaram da Ceia do Senhor, mantiveram essa comunhão e o número de pessoas aumentava a cada dia.
Ninguém precisou ser crismado, rezar missas, descer ao purgatório, rezar para santos, acender velas, participar de procissões e novenas, evitar carne na sexta-feira da paixão, se confessar ao padre, colocar cinza na testa, rezar o terço mil vezes. De fato, a igreja católica criou um verdadeiro cipoal de normas para que a pessoa alcance a salvação, como se segue (se duvida, procure ler os “catecismos oficiais”:
Mandamentos da Igreja (católica)
1- Participar da Missa inteira nos domingos e festas de guarda. Os dias santos são:
Santa Maria, Mãe de Deus - 1º de janeiro
Epifania - 6 de janeiro (no Brasil é transferido para o domingo)
São José - 19 de março (no Brasil não é de preceito)
Ascensão do Senhor - quinta-feira da sexta semana da Páscoa (no Brasil é transferido para o domingo)
Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) - segunda quinta-feira depois de Pentecostes
São Pedro e São Paulo - 29 de junho (no Brasil é transferido para o domingo)
Todos os Santos - 1º de novembro (no Brasil é transferido para o domingo, a menos que Finados caia no domingo)
Imaculada Conceição de Maria - 8 de dezembro
Páscoa - Ocorre sempre entre 22 de março e 25 de abril.
2- Confessar-se ao menos uma vez por ano (ou no máximo até um ano após ter consciência de pecado mortal).
3- Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição.
4- Jejuar e abster-se de carne quando manda a Igreja. Estão obrigados à lei da abstinência de carne ou derivados de carne aqueles que tiverem completado quatorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum (uma só refeição normal ao dia, e apenas mais dois pequenos lanches ou colações) os maiores de idade, desde os dezoito anos completos até os sessenta anos começados.A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa, memória da Paixão e Morte de Cristo, são dias de jejum e abstinência. A abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação nesses dias na Sagrada Liturgia. Abstinência de carne: Toda sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com solenidade do calendário litúrgico. Nesse dia, os fiéis abstenham-se de carne ou outro alimento, ou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente obra de caridade ou exercício de piedade (Legislação Complementar da CNBB quanto aos cânones 1251 e 1253 do Código de Direito Canônico).
4- Jejuar e abster-se de carne quando manda a Igreja. Estão obrigados à lei da abstinência de carne ou derivados de carne aqueles que tiverem completado quatorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum (uma só refeição normal ao dia, e apenas mais dois pequenos lanches ou colações) os maiores de idade, desde os dezoito anos completos até os sessenta anos começados.A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa, memória da Paixão e Morte de Cristo, são dias de jejum e abstinência. A abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação nesses dias na Sagrada Liturgia. Abstinência de carne: Toda sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com solenidade do calendário litúrgico. Nesse dia, os fiéis abstenham-se de carne ou outro alimento, ou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente obra de caridade ou exercício de piedade (Legislação Complementar da CNBB quanto aos cânones 1251 e 1253 do Código de Direito Canônico).
5- Contribuir com o Dízimo segundo está escrito na Bíblia Sagrada.

A Igreja Cristã nasceu 50 dias depois da morte de Jesus Cristo, no dia de Pentecostes, e não impunha nenhum desses “dogmas” ao povo. Essa igreja não tinha nome, nem mesmo era chamada de Igreja Cristã. Começaram a se reunir nas casas e durante 300 anos, era só o que havia. Nada de catolicismo, muito menos romano. Portanto, o papo de que Jesus fundou a igreja católica e essa tal seria a única verdadeira é uma tremenda falácia, doa a quem doer. A Igreja a que Jesus se referiu é formada pelos membros do Seu Próprio Corpo, os que seguem os Seus mandamentos, e não os mandamentos de homens. Uma Igreja sem mácula e sem envolvimento com este mundo. Uma Igreja – um Corpo – onde apenas Cristo é cabeça.