sexta-feira, 22 de abril de 2011

Páscoa: Jesus ressuscitou!

Eu ia escrever algo sobre a Páscoa, mas descobri que tudo o que podia ser dito já o foi, tipo
aqui e aqui. Lembrei-me, por exemplo, da besteira que é o tal coelhinho da páscoa e as toneladas de chocolate vendidas e devoradas a cada ano. Já falei aqui sobre a herança pagã que o catolicismo incorporou, e disso até se orgulha, assumindo o tal “sincretismo religioso”, por mais abominável que seja. Para o cristão verdadeiro isto é página virada. Mas vejo que muitos que fogem dessas festas populares, como alternativa comemoram a páscoa judaica em suas igrejas, templos e congregações. Será que isto é o mais acertado? Pesquisei a respeito e descobri dois textos da Chamada da Meia Noite, que resumi e reproduzo a seguir, e que a meu ver refletem uma posição extremamente equilibrada:
- É verdade que o Cordeiro Pascal simboliza Cristo?
- A “Última Ceia” de Jesus com os discípulos não era a Páscoa?
- Cristo não deu a ela um significado novo, dizendo que deveria ser celebrada continuamente até a Sua volta?
É preciso esclarecer: a refeição da Páscoa, o cordeiro, tem um significado histórico envolvendo uma aliança eterna (Gênesis 17:7; 1 Crônicas 16:15-18, etc.) a respeito da Terra Prometida. Esse significado não pode ser mudado. Aos judeus (e não aos gentios) é ordenado guardar a Páscoa para sempre (Êxodo 12:14). O próprio Cristo não poderia ter dado um “novo significado” para a Páscoa.
Mas a “Última Ceia” não era a Páscoa. Ela ocorreu na noite “antes da Festa da Páscoa” (João 13:1) e sem um cordeiro. Na manhã seguinte os judeus ainda estavam se purificando para “comer a Páscoa” (João 18:28). Aquela tarde, quando Cristo estava sobre a cruz, era ainda a “parasceve pascal [preparação da Páscoa](João 19:14). Os cordeiros ainda estavam sendo sacrificados para serem comidos na refeição da Páscoa naquela noite.
- Mas Jesus não disse: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento” (Lucas 22:15)?
Sim, mas “esta Páscoa” não é a mesma com o cordeiro assado guardada somente pelos judeus em memória da libertação do Egito. “Esta Páscoa” foi algo novo, inaugurado por Cristo, a ser comemorado com pão e vinho (em memória do Seu corpo partido e de Seu sangue derramado) por todos que crêem nEle (judeus e gentios).
- Por que, então, Jesus chamou essa nova instituição de Páscoa?
Porque como Israel foi libertado do Egito pela morte de um cordeiro, assim ela comemora a libertação, dos que crêem, do pecado, do mundo pecaminoso e do julgamento por vir, através do verdadeiro “Cordeiro de Deus”: “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1 Coríntios 11:26). Paulo disse: “Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado” (1 Coríntios 5:7).
O propósito dos sacrifícios de animais (remissão pelo pecado) era mostrar ilustrações físicas da verdade espiritual, além da nossa presente compreensão. Cristo continuamente usou ilustrações físicas para explicar verdades espirituais: (“beber a água que Eu lhe der... Eu sou a videira verdadeira... a porta... o pão da vida... a não ser que coma a minha carne e beba o meu sangue...” etc.). Nós fazemos o mesmo hoje. Por exemplo, cantamos hinos a respeito de sermos “lavados no sangue do Cordeiro”, mas não estamos falando literalmente. Erros profundos ocorrem quando símbolos são tomados como substância, tais como a hóstia que é aceita como o verdadeiro corpo de Cristo. Seria como se precisássemos comer páginas da própria Bíblia para nos “alimentar da Palavra de Deus” (Deuteronômio 8:3; Jeremias 15:16; 1 Pedro 5:2, etc.). O significado por trás do cordeiro do sacrifício vai muito além dos nossos mais altos pensamentos. Na visão de João “o Leão da tribo de Judá... prevaleceu para abrir o livro”. Virando-se para ver o “Leão” ele viu “um Cordeiro como tendo sido morto” (Apocalipse 5:5-6). Como pode um leão poderoso aparecer como um cordeiro que acaba de ser morto? E de que maneira poderia Cristo ser visto como tal no céu? Da cidade celestial sabemos que “o Cordeiro é a sua lâmpada” (Apocalipse 21:23). A Bíblia termina referindo-se ao trono eterno de Deus e do Cordeiro (Apocalipse 22:1,3). Somente podemos nos prostrar maravilhados e gratos, regozijando-nos porque um dia iremos nos juntar aos redimidos em volta do trono, entoando o coro eterno: “Digno é o Cordeiro que foi morto(Apocalipse 5:12). Finalmente O veremos como Ele é (1 João 3:2) e compreenderemos totalmente, tendo sido transformados em Sua imagem por toda a eternidade!
Desviemos nosso olhar do Calvário para o sepulcro! Ele está aberto, a pedra se foi! O sepulcro está vazio. “Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia” (Mateus 28:5-6). Mais tarde Ele apareceu a Seus discípulos temerosos, sem censurá-los por não terem sido fiéis até o fim. Ele colocou-Se em seu meio saudando: Shalom! Paz!
Jesus rompeu as correntes da morte e saiu do sepulcro. Que enorme poder foi manifestado ali! Jamais, no Universo inteiro, havia entrado em ação algo tão grande! A morte, o último inimigo, foi vencida! Todos os descendentes de Adão estavam sujeitos a ela, que fazia da terra um cemitério. Até então, a morte era soberana, pois alcançava a todos com implacável certeza: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12). “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto o juízo” (Hebreus 9:27).
Jamais conseguiremos avaliar a profundidade dos sofrimentos da morte de Jesus. Nunca poderemos entender a gravidade da ira de Deus sobre o pecado, a gravidade do juízo que Jesus tomou sobre Si. Esse foi o preço que Ele pagou pela vitória da ressurreição: “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade” (Hebreus 5:7). A Bíblia Viva diz: “Ainda mais, enquanto estava aqui na terra, Cristo suplicou a Deus, orando com lágrimas e agonia de alma ao único que O salvaria da morte (prematura). E Deus ouviu as orações dEle por causa do seu intenso desejo de obedecer a Deus em todos os momentos”.
Desde então, os filhos de Deus são incluídos no triunfo da ressurreição: “...o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho” (2 Timóteo 1:10). Quem nasceu de Deus é participante da ressurreição e da vida eterna na glória: “Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente” (João 8:51). Um ser humano jamais poderia afirmar algo assim a respeito de si mesmo. Mas essas são palavras ditas na autoridade suprema e com o poder dAquele que venceu a morte.
A morte não consegue mais reter nenhum filho de Deus. Aqueles que são propriedade de Jesus, que têm fé no Senhor, não verão a morte nem o inferno. Nem o purgatório ou algum “fogo purificador” são mencionados em qualquer parte da Palavra de Deus. Caso existissem, Jesus nos teria informado a respeito. Ao ladrão da cruz Ele disse: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43).Quem foi crucificado com Cristo também ressuscitará com Ele: “Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Tessalonicenses 4:14-16).

Esse é o nosso júbilo de Páscoa!  O Vencedor da morte nos conduzirá em Sua vitória para muito além do sepulcro, até a grandiosa glória do céu!

 

(Compilado de Chamada da Meia Noite, em http://www.chamada.com.br/mensagens/cordeiro_de_deus.html e http://www.beth-shalom.com.br/artigos/jubilo_pascoa.html; ao contrário de alguns blogueiros, publico o devido crédito à fonte original do texto)

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