Onde:
algum lugar entre a França e a Suíça. Para ser mais preciso, um túnel de 27 km de circunferência,
a 175 metros
abaixo do nível do solo, próximo a Genebra.
Quem: um
grande grupo de cientistas, teóricos e técnicos.
O que:
uma partícula sub-atômica, fugaz como um raio. Ou melhor, no dizer de seu
principal teórico, ela dura exatamente “um
milionésimo de milionésimo de milionésimo de milionésimo de segundo”.
Para que?
tentar descobrir como o mundo foi inventado.
Imaginemos uma viagem fictícia, pelo menos
nos nossos dias. Suponhamos que alguém invente uma máquina do tempo, potente o
bastante para levar um viajante a um passado longíquo. Um tempo tão distante
que remonta ao próprio início dos tempos, àquela fração de segundo que se
seguiu ao chamado “big bang”. Seria o
momento em que o relógio universal marcasse exatamente 00h:00min:00seg. E o local seria o ponto central do Universo, onde tudo
começou; como diriam os fãs de Star Trek, o setor com as coordenadas espaciais “zero-zero-zero”.
Provavelmente uma grande explosão, diriam os
físicos, a partir da qual grandes ondas se espalhariam em todas as direções,
numa velocidade incrível, inundando o vácuo de matéria e energia, ainda “disforme e vazia”. Poderíamos mesmo
imaginar que uma bolha de luz teria sido vista, transformando o “nada” anterior
em um infinito de possibilidades.
É esse instante
mágico que os
cientistas perseguem há décadas, com equipamentos complicadíssimos, e por
que não dizer, bem caros. Estima-se que o LHC custou até agora € 8 bilhões (ou R$ 20 bilhões - ao câmbio de julho de 2012)...
Não tem como
não pensar que alternativas poderiam ser dadas a essa dinheirama. Nem falo da
construção de escolas, hospitais e distribuição de alimentos, que é o que vem
primeiro à mente, mas de pesquisas mesmo. Quem sabe poderiam investir numa
fórmula para borrifar nos desertos e torná-los áreas cultiváveis; ou algum
equipamento para acabar com a emissão de gases poluentes; mas não, gastam uma
montanha de euros para uma coisa que nem
sabem direito para que serve. E o Brasil quer aderir à pesquisa, mas para
isso tem que desembolsar US$ 10 milhões de dólares, ou (em moeda brasileira) R$ 20 milhões, por
ano, fração insignificante do orçamento total do projeto. De acordo com o que
saiu na imprensa.
Contabilidade à parte, o
que se pretende mesmo com toda
essa parafernália é tentar explicar a origem das partículas
“elementares” e
encontrar outras dimensões, entre outras coisas. Uma dessas partículas é
o chamado “Bóson de Higgs”. O nome lembra um senhor feudal,
como Robin de Lockley (o popular Robin Hood) ou Etienne de Navarre, o
cavaleiro
garboso de “O Feitiço de Áquila” (“Ladyhawke”), de 1984 - quem lembra levanta a mão. Mas não, o
bóson
de Higgs é, segundo a teoria, algo que surgiu logo após o “big bang”,
e assim seria a chave para explicar todas as outras
partículas. Fora da comunidade científica, é conhecido como a “partícula
de
Deus” (expressão criada pelo físico Leon Lederman), porque seria a causa
de outras partículas terem diferentes massas. Assim, se existir mesmo
esse bóson, teria
um importante efeito na compreensão do mundo.
Essa partícula foi teorizada primeiramente em 1964 pelo físico britânico
Peter Higgs (daí o nome). Entretanto, não houve condições tecnológicas de se
comprovar a sua existência até o funcionamento do Grande Colisor de Hádrons (LHC) em 2008. E assim, depois de meio século de conjecturas e
experiências, cientistas anunciaram que descobriram uma partícula nova que pode
ser o bóson “de Higgs”, em carne e osso.
É dogma sagrado a criação – ou, para não ferir
suscetibilidades nem a fé de quem alega não ter fé, “a origem” – do Universo a partir de
um evento que se convencionou chamar de “o
big bang”. Aquele momento em que foi dado o pontapé inicial no mundo e em
tudo que conhecemos. Antes, quando a gente perguntava “se não foi Deus, quem
deu esse pontapé?”, davam de ombros e torciam o nariz, com ar de sapiência e
superioridade, como o Almirante Cook ao desembarcar numa ilha remota do
Pacífico e se deparar com nativos tatuados. Agora o grande astro que deu o
primeiro chute (ou pelo menos se crê que presenciou o evento, ou no mínimo sentiu o
cheirinho) responde pelo pomposo e ilustre nome de senhor Bóson, o de Higgs.
Mas ainda restam muitas questões sem resposta, pelo menos para uma
parte da Humanidade que já evoluiu o bastante para abandonar, segundo ela crê,
conceitos primitivos e explicações “sobrenaturais” para a criação origem
do Universo.
Por exemplo: suponhamos por uma fração de segundo (infinitamente mais longa
que a duração do bóson) que essa partícula esteja na origem de tudo. Mas o que
havia antes? O que ocasionou o “big bang”?
Qual foi a fagulha, a centelha, que ocasionou a “grande explosão”? E o Universo,
está mesmo se expandindo? Porque se foi uma explosão a tendência é que a
matéria resultante (seja ela matéria física ou apenas energia) se “espalhe” em
todas as direções (lei da inércia, se é que ainda está valendo). E, se o
Universo se expande como uma bexiga, o que existe “fora” dessa “bolha”, que ainda não foi atingido pela
expansão?
O fato é que não há respostas convincentes,
mas apenas conjecturas. Não importa o quanto elas pareçam sábias ou embasadas
em experiências científicas: são apenas conjecturas. Os próprios cientistas do
CERN admitem que o tal “modelo-padrão”
(que tenta explicar os componentes fundamentais do
universo) é
falho e incompleto.
É simples: quando excluímos o fator “Deus”
da equação, a fórmula desanda e não bate. Mas tudo faz sentido a partir do
momento em que incluímos essa Constante – aliás, a única Constante em todo o
Universo, visto que não muda de acordo com a temperatura, a pressão
atmosférica, a radiação, a velocidade, a massa, o tempo, o século, a estação do
ano ou o estágio tecnológico de pequenos e miseráveis seres que se julgam
inteligentes.
Acrescentando Deus à equação, respondemos a todas
essas perguntas, facilmente.
O que existe “fora do Universo”? A resposta é simples:
Deus.
Porque o
Universo, enquanto dimensão física, só pode ser concebido como “um lugar”, que
pode até ser grande, muito grande, astronomicamente grande, em movimento e em expansão, ou contração, se preferirem... mas Quem o projetou, doa a quem doer, consegue ser ainda muito maior, a ponto de poder entrar e sair dele à
vontade, e por isso não pode ser contido por ele, ou nele.
É como um homem que construiu uma casa com várias
portas, para poder entrar e sair quando quiser. Ninguém seria idiota a ponto de
construir uma casa na qual ficasse eternamente preso, da qual não pudesse sair,
ou então sem portas, e não pudesse entrar. Esse “homem” é Deus, e a casa é o
Universo. Deus entra e sai das dimensões que conhecemos – Tempo e Espaço –
quando, se e como Ele quiser, sem ser por elas afetado. Ele habita outra “dimensão”,
se é que podemos chamar assim o “Espaço-Tempo” espiritual. É por isso que Deus “não
envelhece”: Ele é “o mesmo ontem, hoje e eternamente”
(Hebreus 13:8). É por isso que os anjos, que habitam o mesmo “ambiente” de Deus
e são feitos de substância essencialmente diferente da nossa, aparecem com
séculos de intervalo e não se tem registro de alteração na sua aparência. Veja,
por exemplo, Judas 9, Daniel 10 e Apocalipse 12: milhares de anos de diferença
e o mesmo anjo está ali, igualzinho. Veja
também Daniel 8:16; 9:21 e Lucas 1:19 e 26. Seres espirituais usam, por assim
dizer, uma espécie de “portal interdimensional”, as “portas da casa” do meu
exemplo, entrando e saindo da História e do Espaço, sem mais cerimônia. Nós
não: estamos confinados, pelo menos por ora, a um pequeno canto deste
“universo”. E quanto ao tempo, pelo menos por enquanto, só conseguimos nos
mover em uma única direção, o futuro.
E o que havia “antes” do “big bang”, que ninguém de jaleco branco ainda soube dizer? A rigor,
venhamos e convenhamos: “big bang” é
apenas outro nome para o “fiat lux” (ou,
o “faça-se a luz”, o
“pontapé inicial” de Gênesis capítulo 1). Ou não? A Bíblia nos diz que “no princípio, criou Deus os céus e a terra”,
e que “a terra era sem forma e vazia”.
Há relato mais completo do que esse? Não há que se falar em “antes disso”
porque, como dissemos lá em cima, o momento “00h:00min:00seg” foi o instante
inicial e, “antes dele”, Deus não havia criado nada ainda – nem o Tempo.
Lembre-se de nossa hipotética máquina temporal. A teoria da relatividade diz que, resumidamente, se ultrapassarmos a velocidade da luz podemos, teoricamente, voltar no tempo, e quanto maior for essa velocidade, mais longe vamos, no passado. Mas isso tem um limite, a saber, o “momento-zero”. Ou, se preferirem, o instante dacriação
origem do Universo. Simples, por que “antes disto” não havia nada, nem mesmo o
Tempo, essa grandeza ou dimensão que para nós, hoje, flui apenas em uma
direção, o futuro. E mesmo se um dia conseguirmos inverter esse fluxo, só
poderemos ir até a sua origem, ao seu ponto inicial, à primeira partícula, seja
o bóson ou do que mais queiram chamar. Para mim, esse ponto inicial tem outro
Nome.
Lembre-se de nossa hipotética máquina temporal. A teoria da relatividade diz que, resumidamente, se ultrapassarmos a velocidade da luz podemos, teoricamente, voltar no tempo, e quanto maior for essa velocidade, mais longe vamos, no passado. Mas isso tem um limite, a saber, o “momento-zero”. Ou, se preferirem, o instante da
Deus não está
limitado pelo
Tempo: por isso, “mil anos aos teus olhos são como o dia de
ontem que passou, e como uma vigília da noite” (Salmo 90:4), e “um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um
dia” (II Pedro 3:8). Do mesmo modo que Ele está fora do Espaço,
também está fora do Tempo, vendo tudo como um quadro pronto e acabado: afinal,
Ele é “o Alfa e o Ômega, aquele que é, que era, e
que há de vir”, “o primeiro e o
último” – passado, presente e futuro, a totalidade da dimensão
“Tempo”! (Apocalipse 1:8; 21:6; 22:13). Ele entra e sai quando, se e como quer.
Mais claro que isso, impossível.
E isso não significa rejeitar a Ciência, muito menos temê-la. Não há razão para tais
disparates. Não há motivo para ver o LHC e seus bósons como “a vitória do homem
sobre a natureza”, como diz a triste reportagem da “Veja”. A Natureza não está
aí “para ser derrotada”. Pelo contrário, ela é nossa amiga e parceira, e também
é, com seu conjunto aparentemente infinito, uma criatura e “obra
de Suas Mãos” (Salmo 19:1). A Natureza também aguarda, ansiosa,
o dia da sua redenção, o dia em que Seu
Senhor retomará o Governo do Universo (Romanos 8:22). É por
isso que, a cada dia que passa, fica mais claro ver que sem Deus não é possível
entender o mundo, o Universo, o Homem e a Vida. Sem Deus – Motor que nunca
pára, com seu próprio Combustível que nunca acaba – a sarça
que arde sem se consumir (Êxodo 3:2) – tudo é apenas um amontoado
de partículas sem sentido nem propósito. Se assim fosse, não existiria lugar para a
Ética, para a Moral e nem mesmo para a Filosofia, o Direito, a Arte e, por fim,
para a própria Ciência.
Como disse um sábio, o rei Salomão – o homem mais sábio
que já existiu – “o temor do Senhor é o principio da
Sabedoria” (Provérbios 1:7; 9:10). 159150