O “papa” F1 visitou a cidade brasileira de Aparecida do Norte, onde se presta culto a uma das versões de Maria, no caso a “nossa senhora de Aparecida”. Acho que depois que a poeira baixa, é momento de fazer umas reflexões. Alguns procuraram justificar a
gastança de dinheiro público em benefício dos fiéis de uma religião, em
detrimento de todas as outras. Alegam que “o papa é chefe de estado”. Sim, mas
também esteve no Brasil o então presidente iraniano Mahmoud
Ahmadinejad; nem por isso os muçulmanos
fizeram requisição de dinheiro aos cofres públicos.
Circularam as mais variadas opiniões, capitaneadas por
aquelas que exaltam o “pontífice”: é um homem humilde, simples, gosta de
contato com o povão. Vai reformar “a igreja”, agora vai ser diferente. Etc,
etc. Ora, pode até ser um “bom homem”, embora o próprio Jesus Cristo tenha dito
que “ninguém é bom, senão o Pai que está nos céus”; mas daí a todas as outras
assertivas, vai uma grande distância.

Eu fico com a segunda opção e digo que
#FranciscoNãoMeRepresenta, pelo seguinte:
Continua o Banco do
Vaticano servindo de lavagem de dinheiro. Dizer que vai substituir os
administradores não quer dizer que mudará a política de uso dos vastos recursos
escondidos nos cofres obscuros. Sinal de reforma seria publicar um balanço
constando as operações contábeis, as reservas para provisionamento de
prejuízos, as entradas e saídas, as despesas com salários, etc... como qualquer
outro banco faria. Caso contrário, continua como sempre, servindo de cenário
para filmes de mafiosos, conspirações secretas e marcando presença constante
nas páginas policiais de todo o mundo.
Continua a
proibição de casamento de sacerdotes (um absurdo:
como o sujeito pode aconselhar casais se ele nem sabe o que é casamento; e muito
menos mulher, ou pelo menos na teoria não deveria saber, já que é celibatário)...


Como é que eu posso apoiar um jesuíta, membro da ordem religiosa das mais furiosas,
que mais combateu aqueles que ousaram um dia pensar que a “santa madre igreja”
poderia estar equivocada em suas políticas? Como posso concordar com um homem
que escolhe o nome de um personagem conhecido pela humildade e simplicidade, só
para esconder a ferocidade dos inquisidores debaixo de um manto branco? Não é
possível entrar em acordo com o representante de uma facção cruel e sedenta de
poder como os jesuítas. Leia mais neste
link e neste
outro também.
Esse Francisco não
me representa porque a jogada de marketing não vai
parar. Vai continuar a canonização
de “santos populares”, principalmente naqueles países onde o catolicismo
vem declinando fragorosamente. Foi assim dos anos 1990 em diante, quando o finado
JP2 canonizava a granel, de batelada, enchendo tanto o panteão que hoje tem
mais santo do que dias no calendário, e eles se amontoam até três ou quatro por
dia. Nisso a igreja se modernizou, pois antes cada dia tinha um santo, hoje o
freguês pode escolher entre vários no mesmo dia. Um verdadeiro supermercado com
várias prateleiras. F1 está só repetindo a fórmula do finado JP2, que foi a
receita que funcionou, a que deu certo.
Acham que
modernização significa copiar o que dá certo em
outras religiões, aliás, uma prática que acompanha o catolicismo desde a sua
institucionalização lá no distante século IV depois de Cristo. Todo mundo sabe
o que é o sincretismo,
como começou e onde chegou; todo mundo sabe de onde vem tanto santo, tanta
festa e tanto costume que nada tem a ver com a simplicidade do Cristianismo e
do Evangelho. Se você não sabe, experimente clicar aqui,
aqui, aqui,
e aqui.
Nesse processo de
cópia desenfreada, estão copiando os evangélicos que tanto desprezam, fazendo
missas com muita cantoria, violão, batendo palmas, falando e
ensinando “línguas estranhas”, imposição de mãos
para curar doentes, pedindo
dízimo...

Outras pragas que ele não exterminará serão aquelas contidas nos livros
apócrifos e suas lendas: anjos mentindo, ensino de bruxaria (Tobias 5:18 e 6:8),
mentira e sedução (Judite 10:2-4; 11-13); intercessão de santos e reza pelos
mortos (II Macabeus 15:12-16; 12:45). Aliás, vem daí o ensino espúrio sobre o
purgatório e a necessidade de “purificar algum pecado remanescente”, como se o
sangue de Jesus fosse insuficiente, em flagrante contraste com a escritura (I
João 1:9 diz explicitamente: “Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” – grifo acrescentado).
Eu podia ficar aqui listando mais um monte motivos pelos quais o “papa” Francisco não
me representa. Mas já foi explicado suficientemente.
E para a falar a
verdade, doa a quem doer, Francisco não
representa nem mesmo a Cristo, de quem ele diz ser “o vigário” (substituto).
São muito diferentes, em que pese o esforço de marketing para tentar vender a imagem de
santo.
Falta muito ainda para um “papa” dizer que “renovou a igreja”... na boa... é
só marketing pra recuperar o cliente perdido.
Como leitura adicional, sugiro este brilhante
artigo de Michelson Borges em Criacionismo.com
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