quarta-feira, 6 de abril de 2016

Se Jesus fosse um crente moderno...


...Ele não venceria Satanás pela Palavra, mas teria perguntado a ele o que ele veio fazer ali. Teria amarrado o capeta, teria repreendido várias vezes, o mandaria ajoelhar com as mãos para trás, e dizer que é derrotado; teria feito uma sessão de descarrego, vestido de branco, durante treze sextas-feiras. Aí sim o capiroto sairia humilhado com o rabo entre as pernas. (Mateus 4:1-11)
Se Jesus fosse um crente moderno, não teria curado o servo do centurião de Cafarnaum à distância, mas mandaria levar o rapaz a uma de suas reuniões de milagres e lhe daria um lencinho abençoado ou uma toalhinha ungida para colocar sobre o paralítico durante sete semanas. Aí sim, ele seria curado. (Mateus 8: 5-13)
Se Jesus fosse um crente moderno, não teria multiplicado pães e peixes e distribuído de graça para o povo, de jeito nenhum! Na verdade o pão ou o peixe seriam “adquiridos” através de uma pequena oferta de no mínimo 50 dracmas e quem comesse o tal pão ou peixe milagrosos seria curado de suas enfermidades. (João 6:1-15)
Se Jesus fosse um crente moderno, ele até teria expulsado os cambistas e os que vendiam pombas no templo, mas permaneceria com o comércio, agora sob sua gerência. E então falaria a eles sobre os cinco passos para ser um líder de sucesso para aquela geração. (Mateus 21:12-13)
Se Jesus fosse um crente moderno, jamais teria dito, no caso de alguém bater em nossa face, para darmos a outra. Ele certamente teria mandado que pedíssemos fogo consumidor do céu sobre o agressor, pois “ai daquele que tocar no ungido” (Mateus 5 :38-42)
Se Jesus fosse um crente moderno, quando os fariseus o pedissem um sinal certamente ele imediatamente levantaria as mãos e delas sairiam vários arco-íris, um esplendor de fogo e glória se formaria em volta dele, que flutuaria enquanto anjos cantarolavam: “divisa de fogo, varão de guerra, ele desceu a terra, ele chegou pra guerrear”. Todos ao redor sentiriam um calor forte, seguido de arrepios e tremedeiras. Ele repetiria tal performance sempre que fosse solicitado a provar que era o Filho de Deus. (Mateus 16:1-12)
Se Jesus fosse um crente moderno, nunca teria dito para carregarmos nossa cruz, ou para perdermos nossa vida para ganhá-la, mas teria dito que nascemos para vencer e que fazemos parte da geração de conquistadores, e que todos somos predestinados para o sucesso. E no final gritaria: receeeeeeebaaaaaa! (Lucas 9:23)
Se Jesus fosse um crente moderno, não teria feito simplesmente o “sermão da montanha”, mas teria realizado o Grande Congresso Galileu de Avivamento Fogo no Monte, cuja entrada seria apenas 250 dracmas divididas em 4 vezes sem juros. Claro que haveria o barranco “VIP”, mais perto do Mestre, que custaria um pouco mais. E antes que ele começasse a falar, haveria três horas de apresentação dos levitas dos grupos “Diante do Tabernáculo” e “Trazendo o Trono”, para maior enlevo espiritual e preparação do clima para a mensagem (Mateus 5:1-11)
Se Jesus fosse um crente moderno, não teria curado a mulher encurvada imediatamente, mas a teria convidado para a Escola Internacional de Cura para aprender os sete passos para receber a cura divina. (Lucas 13:10-17)
Se Jesus fosse um crente moderno, de forma alguma teria entrado em Jerusalém montado num jumento, mas primeiro teria dado sete voltas na cidade, para ganhar a nação para Ele mesmo. Depois derramaria azeite, sal, suco de uva e água do rio Jordão nos portões, num grande ato profético para purificar o local de toda influência maligna.  Só então entraria numa carruagem real toda trabalhada em pedras preciosas, com o levita Tomé à frente, tocando um shofar, e a seguir a pastora Maria Madalena “liberando” a bênção sobre Jerusalém. E o povo não o receberia declarando “Hosana”, mas marcharia atrás da carruagem dançando um animado reteté, enquanto os apóstolos contariam quantos milhões de pessoas estavam na primeira marcha para Jesus. Chupa, DataFolha! (Mateus 21:1-15)
Se Jesus fosse um crente moderno, ao se deparar com o leproso (Marcos 1:40-45) este não ficaria curado imediatamente, mas durante a semana, enquanto ele continuasse crendo. Pois se parasse de crer...
Se Jesus fosse um crente moderno, não teria expulsado o demônio do gadareno com tanta facilidade. Ele teria realizado um seminário de batalha espiritual para, a partir daí, se iniciar o processo de libertação daquele jovem.  O gadareno precisaria se lembrar de todos os seus pecados - mesmo os que foram cometidos no jardim de infância - e confessá-los um a um diante de toda a congregação. Então depois de três meses sob disciplina, finalmente ele seria liberto e readmitido à comunhão. (Marcos 5:1-20)
Se Jesus fosse um crente moderno, não teria transformado água em vinho, mas em suco de uva Maguary. (João 2:1-12)
Se Jesus fosse um crente moderno, jamais curaria as multidões, mas mandaria que todos orassem sobre um copo de água, colocassem uma rosa ungida atrás da porta, deitassem sobre um travesseiro previamente abençoado pelos apóstolos e varressem a casa com uma vassoura consagrada, para que o mal saísse daquelas vidas (Mateus 12:15; 15:30).
Se Jesus fosse um crente moderno, aquele texto do buraco da agulha seria assim: “Mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um não-dizimista entrar no reino dos céus” .(Mateus 19:22-24)
Se Jesus fosse um crente moderno, ele teria sim onde recostar sua cabeça. Ele moraria no bairro onde estavam localizados os palácios mais chiques e teria um castelo de verão no Egito, fora que viajaria todo ano de férias para Roma. Viajaria numa caravana de primeira classe ou então em seu próprio navio. De pobreza já bastaria ter nascido numa estrebaria. (Mateus 8:20)
Se Jesus fosse um crente moderno, Zaqueu não teria devolvido o que roubou nem distribuído aos pobres, mas teria doado tudo ao seu ministério como prova de submissão à Sua cobertura espiritual. (Lucas 19:1-10)
Se Jesus fosse um crente moderno,  nunca diria aos discípulos que eles seriam perseguidos, açoitados e levados a interrogatório diante dos reis e governantes deste mundo, mas profetizaria que eles seriam honrados pelos homens, levantados como líderes mundiais, como atalaias de nações e conselheiros de reis, para governar em nome de Deus. Diria que eles seriam empresários, políticos e generais de influência, que deveriam honrar a Deus com seus bens, e que eles comeriam o melhor da terra. (Marcos 13:9; Gênesis 45:18)
Se Jesus fosse um crente moderno, não pregaria nas sinagogas, nas praias e debaixo de árvores, mas sim na recém inaugurada sede mundial da “Igreja de Jesus - Ministério Jerusalém”, construída com as ofertas, dízimos e primícias dos parceiros de Jesus fiéis, que pagariam mensalmente o carnêzinho abençoado e receberiam diplomas de dizimistas fiéis e colunas do templo”, autografadas pelo Mestre; e Judas ao traí-lo não se mataria, mas abriria a “Igreja de Jesus Renovada - Ministério Palestina Para Deus, sob a liderança do Apóstolo Iscariotes”. No mesmo esquema, só mudaria a placa...
Se Jesus fosse um crente moderno, não diria que no mundo teríamos aflições, mas sim que teríamos sucesso, honra, vitória, sucesso, riquezas, sucesso, prosperidade, honra, porção dobrada... Ele diria que temos que declarar que somos especiais, determinar que tomamos posse do bom e do melhor, e decretar a falência do olho gordo. Afinal, filhos de Deus têm que ser cabeça, e não cauda, e todo lugar que eles pisarem podem tomar posse. (João 16:33)
Se Jesus fosse um crente moderno, de forma alguma diria que não devemos nos assemelhar aos gentios (Mateus 6:8). Pelo contrário, ele apoiaria até lutas de gladiadores dentro do templo, para manter os jovens na igreja.
Se Jesus fosse um crente moderno, ele lutaria pela igualdade dos direitos trabalhistas dos carpinteiros da Galiléia e região, e defenderia a isenção de impostos para os líderes religiosos e seus templos (afinal, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus).
Mas se Jesus fosse um crente moderno, com toda certeza ele iria na manifestação contra a corrupção do governo romano, a mais grave em toda a História mundial, causa do declínio da Judéia e do caos nas finanças do império; e pediria veementemente o impeachment de César, incentivando pessoalmente passeatas contra a roubalheira de Roma. Ele reivindicaria a participação dos cristãos no Senado imperial. Ele diria no palanque, sob aplausos, que a voz do povo é a voz de Deus, e que um país só pode prosperar se for governado por pessoas justas e tementes a Deus.

Certamente, se Jesus fosse um crente moderno, não sofreria tanto.
Tampouco morreria por mim e por você.

(adaptado; reproduzido com permissão)

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