Vemos, por exemplo, um
seminário que ensina seus alunos como serem bons publicanos, isto é,
coletores de dinheiro com diploma. Ou a Lagoinha
apresentando lista de 26 razões pelas quais você deve sustentar a
mega-estrutura que montaram. Ou então essa tal Gestêmani,
com suas 50 razões! O império contra-ataca! Já vejo pastores defendendo na
Internet 8,
27,
31,
33
e até 50
razões para te tomar dinheiro. Nesse ponto, se nivelam com os adeptos da
igreja romana. Vejam
aqui e aqui
se é ou não é a mesma coisa. Farinha do mesmo saco! Então, diante disto, achei
por bem expor as razões pelas quais discordo frontalmente de quem está de olho
no bolso alheio, cumprindo a promessa de desossar mais duas falácias evangélicas - “a igreja deve administrar as ofertas” e “a Casa do tesouro agora é o templo da igreja”.
Não sou dizimista pois aqueles que
dizem imitar Abraão se esquecem de que Abraão
dizimou somente uma única vez – mesmo assim, era o produto de
uma guerra (Gênesis
14). Abraão tinha muitos bens, e entre esses “bens” se contavam escravos;
como ele faria para dar o dízimo de um escravo? Daria ao sacerdote uma perna,
uma orelha?
Não dou dízimo porque quem diz
que Jacó prometeu dar dízimo (Gênesis 28:22) não me mostra onde nem quando Jacó
cumpriu esse voto, e a Bíblia ensina que é melhor não fazer voto do que fazer e
não cumprir (Eclesiastes 5:4).
Não dizimo porque quem prega sobre Malaquias omite que Malaquias estava falando para Israel no tempo da Lei mosaica
(Antiga Aliança) e não para os gentios (eu e todos os que não são judeus).
Não sou dizimista nem ladrão, porque Deus se dirige aos sacerdotes que não davam a parte dos levitas. Leia com atenção Malaquias 1:6-14 e todo o cap. 2. Deus repreende os sacerdotes pelo mau uso dos recursos a eles entregues pelo povo. A expressão “a vós, sacerdotes” repete-se por todo o livro.
Não sou dizimista nem ladrão, porque Deus se dirige aos sacerdotes que não davam a parte dos levitas. Leia com atenção Malaquias 1:6-14 e todo o cap. 2. Deus repreende os sacerdotes pelo mau uso dos recursos a eles entregues pelo povo. A expressão “a vós, sacerdotes” repete-se por todo o livro.
Não dizimo pois quem chama o povo de ladrão por “não dizimar” esconde que o dízimo era para sustento dos levitas e sacerdotes (nesta ordem), cargos que não
mais existem na nova dispensação (cf. Hebreus 8:13 e I Pedro 2:9). Na sua
igreja tem levita? Se tem, sinto muito, mas não foi Jesus quem os instituiu; e
mais, estão sendo sustentados pelos dízimos? O dinheiro do dízimo está indo
para os músicos, para os porteiros, para os vigias, faxineiros...? Números cap. 18
determina a porção dos levitas. I Crônicas 23:2-4
mostra que havia 38.000 levitas, sendo 24.000 trabalhando fora do Templo, 6.000
servindo como oficiais e juízes, 4.000 porteiros e 4.000 “músicos”. E os
levitas que estavam em serviço recebiam os dízimos. Na sua igreja é assim?
Não “entrego o dízimo na Casa
do Tesouro”
porque igreja não é a “casa do tesouro””. A Casa do Tesouro era uma sala do
Templo de Jerusalém onde era entregue apenas a primícia, não o dízimo. Neemias 10:35-37; Números 18:12-13. O
dízimo não era entregue na Casa do Tesouro (Deuteronômio
12:17-18 e 14:23),
mas era entregue pelo dizimista nas cidades do próprio dizimista. Cabia aos
sacerdotes distribuir a porção dos levitas. Na época de Esdras, Ageu, Zacarias
e Malaquias, os sacerdotes haviam se tornado corruptos, e roubavam a melhor
parte do arrecadado para si próprios. Pegavam os melhores bezerros, ovelhas e a
melhor oferta, e deixavam os animais doentes ou defeituosos para oferecer em
sacrifício, sem o menor temor de Deus. Por isso em Malaquias 1:7-8
Deus fala sobre pão profano e animais cegos. “Diz o
Senhor dos exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome” (v. 6).
Não sou dizimista pois quando Deus fala sobre o devorador (Malaquias 3:11, Joel 1:4 e 2:25) refere-se às plantações e às colheitas do povo de Israel, pois, os dízimos no Antigo Testamento (Antiga Aliança), eram em forma de alimentos, para o sustento dos levitas, viúvas, estrangeiros (Deuteronômio 14:22-29). Esse devorador não vai agir em nossas vidas, em nossos salários de trabalhadores gentios! Quem ensina que gafanhoto é demônio só quer aterrorizar o povo de Deus.
Não sou dizimista pois quando Deus fala sobre o devorador (Malaquias 3:11, Joel 1:4 e 2:25) refere-se às plantações e às colheitas do povo de Israel, pois, os dízimos no Antigo Testamento (Antiga Aliança), eram em forma de alimentos, para o sustento dos levitas, viúvas, estrangeiros (Deuteronômio 14:22-29). Esse devorador não vai agir em nossas vidas, em nossos salários de trabalhadores gentios! Quem ensina que gafanhoto é demônio só quer aterrorizar o povo de Deus.
Não entrego dízimo porque quem prega que pastor é sacerdote comete heresia. O ministério pastoral
refere-se ao ensino e acompanhamento das ovelhas, não à intermediação entre
Deus e os homens. E além do mais o dízimo dado aos
sacerdotes nunca foi 10%! Ele só recebia o “dízimo dos dízimos”, isto é, os
levitas lhe davam o dízimo do que recebiam. Veja: o dízimo era distribuído
entre (a) os pobres; (b) viúvas; (c) órfãos; (d) levitas; (e) estrangeiros. Se
os sacerdotes estão incluídos entre os “levitas”, a esse grupo (levitas +
sacerdotes) cabia 1/5 do dízimo total, ou seja, 2% das ofertas do povo. Mas
hoje o “sacerdote” fica com os 10% e os “levitas” (que hoje são apenas músicos,
mas não oficiais, juízes, artesãos, guardas etc.) nada recebem. Ou tem alguma
“igreja” sustentando “levitas”? Se tem, não sei. Só vejo pastores mostrando na
Internet 8,
27,
31,
33
ou 50 razões
para te tomar dinheiro. Se é para obedecer a Lei, ao sacerdote cabe apenas 0,2%
do total arrecadado, porque isto é o dízimo dos levitas (o dízimo dos dízimos).
Veja Números
31:25-31, 47.
Não dou dízimo pois Jesus ensinou que nossas dádivas devem ser para os pobres e necessitados (Mateus 19:21);
Não dou dízimo pois Jesus ensinou que nossas dádivas devem ser para os pobres e necessitados (Mateus 19:21);
Não sou dizimista porque quando
Jesus elogiou a
viúva que ofertava, não disse que ela dava o dízimo, mas que dava “tudo que possuía” (Lucas
21:4); e esse deve ser o mandamento para a Igreja!
Não pago dízimo porque a Igreja de Cristo não precisa
de dinheiro e muito menos ser sustentada pelo homem. A Igreja de
Cristo não é um templo, um prédio, nem
uma instituição fundada por pessoas, muito menos “a Casa do Tesouro” citada em Malaquias - aquilo era apenas um depósito para guardar o que seria dado aos levitas e sacerdotes em serviço no Templo de Jerusalém (que não existe mais). A Igreja de
Cristo é a reunião de todos aqueles que
amam e professam o Nome do Cordeiro sobre a face da terra; sem rótulos,
denominações, doutrinas, e dogmas; aliás, as “igrejas”não são obra de Deus,
são instituições
religiosas criadas por homens!
Não preciso dizimar, pois Deus suprirá todas as minhas necessidades e não preciso
barganhar com dízimos e ofertas (Filipenses 4:19);
não preciso pagar para depois ter o direito de “reivindicar” bênção ou
“decretar” fartura.
Não “devolvo dízimo”, porque tudo vem das mãos de Deus e não preciso devolver para receber
mais (I Crônicas
29:14).
Não dizimo porque igrejas aceitam dinheiro, cheque (inclusive pré-datado) e até cartão, mas na Bíblia o dízimo era apenas em bens agrícolas para sustento de levitas e sacerdotes, pobres, viúvas e necessitados, e também para ser comido pelo próprio dizimista nas festas de Israel, conf. Deuteronômio 14:28-29 e 26:12-13. Ou seja, administrado pelo próprio dizimista e não “pela igreja”! Ofertas em dinheiro não faziam parte nem da Lei; e olha que ao contrário do que afirmam alguns, havia dinheiro sim naqueles tempos: Êxodo 30:16 e 38:24-31; Gênesis 23:15-16; II Samuel 24:24; II Reis 23:35; Jeremias 32:9-11; II Reis 22:4-7; etc. O gazofilácio citado várias vezes no Novo Testamento (a oferta da viúva, do fariseu etc.) é para quem quisesse contribuir com a reforma do templo. No tempo de Jesus o Templo estava em reforma, e o gazofilácio permanecia. Mas não justifica a entrega de dízimos em dinheiro que hoje se verifica nas igrejas. Entretanto, ouro, prata, jóias, tecidos e outros bens valiosos eram aceitos como oferta voluntária (como em Êxodo 35:29, na construção do Tabernáculo). Possivelmente, nas comunidades cristãs do Novo Testamento, ofertas em dinheiro fossem aceitas exclusivamente para ajudar os irmãos necessitados. Nunca iam para os bolsos dos apóstolos nem para o “templo cristão”, pois este era desnecessário para a vida da Igreja. Há sim vários relatos de coletas levadas de uma a outra comunidade, em Atos e nas cartas aos Corintios.
Não dizimo porque igrejas aceitam dinheiro, cheque (inclusive pré-datado) e até cartão, mas na Bíblia o dízimo era apenas em bens agrícolas para sustento de levitas e sacerdotes, pobres, viúvas e necessitados, e também para ser comido pelo próprio dizimista nas festas de Israel, conf. Deuteronômio 14:28-29 e 26:12-13. Ou seja, administrado pelo próprio dizimista e não “pela igreja”! Ofertas em dinheiro não faziam parte nem da Lei; e olha que ao contrário do que afirmam alguns, havia dinheiro sim naqueles tempos: Êxodo 30:16 e 38:24-31; Gênesis 23:15-16; II Samuel 24:24; II Reis 23:35; Jeremias 32:9-11; II Reis 22:4-7; etc. O gazofilácio citado várias vezes no Novo Testamento (a oferta da viúva, do fariseu etc.) é para quem quisesse contribuir com a reforma do templo. No tempo de Jesus o Templo estava em reforma, e o gazofilácio permanecia. Mas não justifica a entrega de dízimos em dinheiro que hoje se verifica nas igrejas. Entretanto, ouro, prata, jóias, tecidos e outros bens valiosos eram aceitos como oferta voluntária (como em Êxodo 35:29, na construção do Tabernáculo). Possivelmente, nas comunidades cristãs do Novo Testamento, ofertas em dinheiro fossem aceitas exclusivamente para ajudar os irmãos necessitados. Nunca iam para os bolsos dos apóstolos nem para o “templo cristão”, pois este era desnecessário para a vida da Igreja. Há sim vários relatos de coletas levadas de uma a outra comunidade, em Atos e nas cartas aos Corintios.
Não dou dízimo porque nos ensinam
que o modelo da Igreja Cristã está no Livro de Atos; entretanto, ali não se faz
nenhuma menção dos irmãos “dizimando” ou dando 10% de sua renda.
Não tenho obrigação de dar dízimo, porque aos gentios que crêem em Cristo só se ordena “que se abstenham do
que é sacrificado a os ídolos, do sangue, do sufocado e da prostituição” (Atos 15:20,29; 21:25). E aos que estão debaixo da Nova Aliança
não se requer 10% do salário, mas sim que “contribua segundo propôs no seu coração; não
com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria” (II Coríntios 9:7).
Não dou dízimo a nenhum pastor porque Jesus, mesmo sendo feito Sacerdote duma ordem superior à de Levi (Hebreus cap. 7), por não ser levita na carne, em obediência à Lei não recebeu dízimo. Então como podem pastores – que não são judeus e muito menos levitas – pregarem que o dízimo deve ser dado a eles? A Lei diz: “Aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel” (Números 18:21). Como pode aquele que se diz servo querer ser maior do que o seu Senhor? Os que pregam que devem receber dízimo não estão seguindo a Jesus!
Não dou dízimo a nenhum pastor porque Jesus, mesmo sendo feito Sacerdote duma ordem superior à de Levi (Hebreus cap. 7), por não ser levita na carne, em obediência à Lei não recebeu dízimo. Então como podem pastores – que não são judeus e muito menos levitas – pregarem que o dízimo deve ser dado a eles? A Lei diz: “Aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel” (Números 18:21). Como pode aquele que se diz servo querer ser maior do que o seu Senhor? Os que pregam que devem receber dízimo não estão seguindo a Jesus!
Não sou dizimista porque quando Jesus falou especificamente do dízimo aos
judeus, Ele disse que o fundamental da Lei era justiça, misericórdia e fé. E
nessa linha deve ser lido Mateus 23:23: “Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas omitis
as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Importa-vos
praticar estas coisas, mas sem omitir aquelas”. Praticar quais coisas? O dízimo, mas exercendo
justiça, misericórdia e fé. Porque de nada valia pagar o dízimo – palavras de
Jesus – e desobedecer outras coisas da Lei. Mais uma vez, leia Tiago 2:10. Quem
deveria fazer isto, pagar o dízimo + praticar as outras coisas da Lei? Os
judeus, os fariseus. Você é escriba e fariseu? Então esse mandamento é para
você mesmo.
No mesmo contexto, ou seja, a Lei é para os judeus,
vemos em Marcos 1:44 Jesus dizer para o leproso curado procurar o
sacerdote e submeter-se ao ritual de purificação da lei de Moisés. Qual o
motivo dessa conduta? O homem era judeu, logo deveria seguir os ensinos
judaicos! Se pegarmos as palavras de Jesus sobre o dízimo e aplicarmos
atualmente, deveremos fazer o mesmo quando alguém é curado? Sacrificar um pombo e fazer depilação (conforme Levítico 14)?
Eu não sou judeu, nem escriba, nem
fariseu, e por isso não sou dizimista, pois Jesus em Mateus 23:23 estava
falando com esse povo sobre a Lei mosaica, que Ele mesmo cumpriu na cruz do Calvário. Doa a quem doer: o
dízimo, apesar de já ser conhecido desde antes da Lei, como a circuncisão, a
separação entre animais puros e impuros, o sábado e outros costumes, foi
incluído entre as ordenanças para Israel; mas essa lei já caducou, como lemos
em Lucas 16:16 (“A lei e os profetas vigoraram até João; desde então é
anunciado o evangelho do reino de Deus”); e Hebreus
8:13 (“O novo
pacto tornou antiquado o primeiro. E o que se torna antiquado e envelhece,
perto está de desaparecer”). Jesus não falou
para os gentios (eu e todos os que não são de Israel) darem dízimos.
Você é
judeu? Está sob a Lei? Dá o dízimo? Parabéns.
E os outros 612 mandamentos?