O ano de 2011 ficou marcado na História como o ano das revoluções nos países islâmicos. Primeiro foi o Egito que deu um basta no até então eterno domínio de Hosni Mubarak, no poder desde que Anwar Saddat foi assassinado durante uma parada militar em 1981, episódio nunca suficientemente esclarecido. Há quem diga que o próprio Mubarak tinha as mãos sujas com o sangue de Saddat. Enfim, puseram-no para fora e ele morreu na prisão. A tal Irmandade Muçulmana logo passou a dar as rédeas - a mesma Irmandade Muçulmana que, pasmem os senhores, esteve envolvida no atentado de Saddat - para em pouco tempo cair em desgraça com seu mentor, o já deposto Mohammed Mursi.
No Iêmen, Ali Abdullah Salleh tomou um chega-pra-lá. Fez um acordo com a
oposição e em 23 de abril de 2011 deixou o cargo que ocupava há três décadas,
com o corpo marcado por queimaduras sofridas em um atentado: uma lembrança do
quanto era querido pelo seu povo.
Tunísia, a mesma coisa: cansado da ditadura, o povo meteu o pé no traseiro de
Ben Ali, pra variar, um militar encastelado no poder desde 1987, quando se
apropriou do país, advinhe, em um singelo golpe de Estado. O ditador foi obrigado
a renunciar no dia 14 de janeiro de 2011 e fugir para
a Arábia Saudita. Ele e a esposa, Leïla, primeiro foram
condenados a 35 anos de prisão por desvio de verbas públicas. Depois, à prisão
perpétua por um tribunal militar de seu país, por crimes ocorridos durante
a repressão aos manifestantes.
Na Síria, a batata de Bashar al-Assad vai assando
cada vez mais, e se não fosse a forcinha de seus amigos russos ele
já teria tomado o caminho da rua há muito tempo, ele que é outro ditadorzinho de meia-tigela, herdeiro das falcatruas de papai Hafez al-Assad, que – de novo – deu um golpe de Estado em 1970 e preparava o filho mais velho, Bassil, para sucedê-lo como se o país fosse um feudo, propriedade particular da família Assad. Mas Bassil morreu e sobrou para
Bashar, “eleito” com 97% dos votos, pelo único partido do país. Que beleza, diria Milton Leite. Mas agora Bashar está na marca do pênalti, e chegou a se lamentar dizendo que “a primavera árabe só trouxe o caos”. Para piorar as coisas, além do inimigo interno, agora a Síria se depara
com o risco de uma guerra com seu vizinho e ex-aliado do norte, a Turquia.
Na Líbia, Muammar Kadafi sofreu o diabo nas mãos dos “rebeldes”, e acabou morto como um cão danado: espancado até desfalecer, por fim levou um tiro na cabeça. O novo governo já declarou que vai manter o país na linha e honrar os contratos internacionais de fornecimento de petróleo; aliás, a única preocupação dos países ocidentais, que não se importaram com os mortos, feridos, desabrigados e desgraçados pela guerra: só o ouro negro é que importa. A preocupação com a “democracia” é apenas fachada para esconder as garras do “primeiro mundo”, loucas para se enterrar nas areias do deserto e sugar de canudinho o precioso líquido que move o mundo. Como na época do III Reich, quando Hitler mandou o general Rommel e seu Afrika Korps tomarem conta do petróleo no norte da África. Até que “os aliados” chegaram e acabaram com a festa, ao secar o suprimento de combustível para os alemães e assegurarem para si o domínio sobre os oleodutos da região.
Na Síria, a batata de Bashar al-Assad vai assando
cada vez mais, e se não fosse a forcinha de seus amigos russos ele
já teria tomado o caminho da rua há muito tempo, ele que é outro ditadorzinho de meia-tigela, herdeiro das falcatruas de papai Hafez al-Assad, que – de novo – deu um golpe de Estado em 1970 e preparava o filho mais velho, Bassil, para sucedê-lo como se o país fosse um feudo, propriedade particular da família Assad. Mas Bassil morreu e sobrou para
Bashar, “eleito” com 97% dos votos, pelo único partido do país. Que beleza, diria Milton Leite. Mas agora Bashar está na marca do pênalti, e chegou a se lamentar dizendo que “a primavera árabe só trouxe o caos”.
Na Líbia, Muammar Kadafi sofreu o diabo nas mãos dos “rebeldes”, e acabou morto como um cão danado: espancado até desfalecer, por fim levou um tiro na cabeça. O novo governo já declarou que vai manter o país na linha e honrar os contratos internacionais de fornecimento de petróleo; aliás, a única preocupação dos países ocidentais, que não se importaram com os mortos, feridos, desabrigados e desgraçados pela guerra: só o ouro negro é que importa. A preocupação com a “democracia” é apenas fachada para esconder as garras do “primeiro mundo”, loucas para se enterrar nas areias do deserto e sugar de canudinho o precioso líquido que move o mundo. Como na época do III Reich, quando Hitler mandou o general Rommel e seu Afrika Korps tomarem conta do petróleo no norte da África. Até que “os aliados” chegaram e acabaram com a festa, ao secar o suprimento de combustível para os alemães e assegurarem para si o domínio sobre os oleodutos da região.
Voltando ao presente, enquanto a situação ferve ao redor, Said al-Said ainda pensa que é eterno: ele reina sobre
Omã desde que Pelé jogava na seleção canarinho, e nunca parou de exibir seus iates, carros de luxo e, como bom sultão, muitas mulheres.
O que sabemos até agora é que o futuro da região é uma grande incógnita. Não há garantias de respeito a liberdades individuais nem de paz para grupos como os cristãos – vejam o que aconteceu, por exemplo, no Irã em 1979, uma das últimas “revoluções” do Oriente Médio. Instaurou-se uma outra ditadura, e as potências ocidentais ficaram contra só porque os aiatolás negaram petróleo a elas. O ditador anterior era tão opressor quanto os clérigos xiitas, mas era tolerado porque entregava petróleo a preço de banana.
O que sabemos até agora é que o futuro da região é uma grande incógnita. Não há garantias de respeito a liberdades individuais nem de paz para grupos como os cristãos – vejam o que aconteceu, por exemplo, no Irã em 1979, uma das últimas “revoluções” do Oriente Médio. Instaurou-se uma outra ditadura, e as potências ocidentais ficaram contra só porque os aiatolás negaram petróleo a elas. O ditador anterior era tão opressor quanto os clérigos xiitas, mas era tolerado porque entregava petróleo a preço de banana.
Os que eram
perseguidos e oprimidos antes continuaram perseguidos e oprimidos depois, como
os cristãos, os judeus e os sunitas, por exemplo. E com grupos influentes como
a Irmandade Muçulmana, o Hezbollah, al-Fatah e a própria Al-Qaeda dando as
ordens por detrás das dunas, o ocidente fica em suspense.
E por falar em Irã,
é crescente a tensão entre a antiga Pérsia e Israel, com
bravatas de parte a parte que lembram os dias anteriores à I Guerra Mundial:
nações rosnam uma para a outra, mostram os dentes e ficam arrepiadas, até que
um incidente ordinário provoca a hecatombe. Aí toda a diplomacia vai por água
abaixo. Irã e Israel parecem estar no estágio pré-pancadaria, e a solução
pacífica parece cada vez mais esgarçada.
As nações dessa parte
do mundo, como se sabe, à exceção de Israel, são predominantemente islâmicas, e
embora tentem passar para a opinião pública ocidental uma imagem moderna, na
verdade ainda vivem no tempo de Maomé e não toleram os que discordam
de seus governos linha-dura. Haja vista a grossura da borduna
que descem no lombo dos insurgentes. Cristãos e judeus são os sacos de pancada
favoritos. Não se tem notícias de eleições democráticas. Sobre a Turquia,
talvez o menos atrasado, pairam recorrentes acusações de corrupção em todos os
níveis, o que, aliás, adiou o seu ingresso na União Européia. Logicamente, como
os outros países de maioria islâmica, a Turquia é historicamente anti-Israel.
Mas o que é interessante nisso tudo é que os planos de Deus não podem ser
impedidos. Por mais que o mundo despreze a Palavra de Deus, aquilo que a Bíblia
profetizou há muitos séculos um dia há de se cumprir, mais cedo ou mais tarde
para os nossos padrões, mas na hora certa para o padrão de Deus. E é na palavra
de Deus que vemos espantosas previsões para o Oriente Médio... catastróficas
para a maioria das nações. Veja só.
O livro do profeta
Ezequiel traz uma profecia terrível, conhecida
por quem estuda os últimos dias. Nos capítulos 38 e 39, Deus diz que uma coligação de nações virá invadir
Israel, comandadas por um líder “das extremidades do norte”, com um
poderoso contingente; mas que miraculosamente, Deus intervirá pessoalmente na
batalha para salvar Seu povo. A mortandade entre os invasores será tão grande
que Israel levará sete meses para enterrar os mortos nessa guerra relâmpago.
Então surgem as perguntas inevitáveis: quem seriam esses invasores, e quem
seria esse “rei do norte”? E as nações coligadas, podemos identificá-las hoje
em dia? Quando sucederão esses eventos?
Estudiosos do porte de Tim LaHaye, Thomas Ice, James Dean e outros concordam
unanimemente que a Rússia é identificada como “Gog, da terra de
Magog, o chefe Meseque, príncipe de Tubal” (Ezequiel 38:2,3). Há três razões para crer que Magog é a Rússia:
Primeira: (Gênesis 10:2),
instalou-se na área que hoje é ocupada pela Rússia. Um estudo detalhado da tabela das
nações em Gênesis 10 mostra que Magog, um neto de Noé
Segunda: A direção a
partir da qual a invasão vem é a partir do “norte” ou “o extremo norte” (Ezequiel
38:15; 39:2). Na direção norte, a partir de Israel, a
região que poderia ser identificada como “extremo norte” é a Rússia.
Terceira: Ezequiel 38:2
é A melhor tradução de “Gog, da terra de Magog, o príncipe de Ros, Meseque e Tubal”. Não é
difícil ver que Ros lembra Rússia, Meseque lembra Moscou (Moskva, MSK) e Tubal,
Tobolsk. Tim LaHaye, em seu livro “Estamos Vivendo os Últimos Dias?”, discorda
um pouco dessa interpretação, mas não podemos negar que ela é bem consistente.
A profecia ainda se
torna mais real porque se sucede ao cap. 37, que relata o ressurgimento de
Israel nos últimos dias – a visão do vale de ossos secos que revivem! Isso
significa que logo após o reaparecimento de Israel, aconteceria essa invasão –
que não pode ser confundida com as guerras de independência (1948-50), a dos
Seis Dias (1967) nem com a do Yom Kippur (1973) , porque nessas guerras não houve a
participação de uma coalizão tão grande como a descrita nos caps. 38 e 39.
Outras nações também irão aderir à Rússia nessa invasão a Israel. Quem seriam?
De acordo com Ezequiel 38:5,6, são
a Pérsia, Cuxe, Pute, Gomer e Togarma, também do extremo norte. Muito já se
especulou sobre esses países ou povos, mas há consenso de que a Pérsia é o atual Iran (Irã), Cuxe é a Etiópia, e Pute é a Líbia. Gomer tem sido identificado com
os povos germânicos da Alemanha e/ou eslavos da Europa Oriental, e Togarma, que também está ao
norte de Israel, é a Turquia.
Seria possível tal coligação de países numa invasão armada a Israel? Se bem que
a maioria desses países são muçulmanos e desejam ardentemente a eliminação de
Israel, a Etiópia, por exemplo, não pode ser vista neste momento como
uma nação capaz de participar de uma guerra externa. E a Turquia, que
justamente agora está sendo cogitada para fazer parte de uma força de paz, será
que mudaria suas intenções? Ou será que a Turquia nunca teria, de fato,
intenção de ser “agente da paz” nas negociações? E onde foi parar a Síria, da
qual não há menção nos textos de Ezequiel? A Líbia, no momento esfacelada por
uma guerra interna, tomaria mesmo parte numa empreitada dessas?
Discutiremos essas questões nos próximos artigos...(atualizado em 20/05/2014)
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