terça-feira, 31 de julho de 2012

As Olimpíadas e a união da humanidade

Quem viu a abertura das Olimpíadas de Londres? Todo mundo, aposto. Todos devem ter achado linda a cerimônia (e foi muito bonita mesmo). As delegações de países do mundo todo, desfilando com suas bandeiras, orgulhosamente. Desde as grandes potências (econômicas e esportivas) até às pequenas nações que não tinham chance nenhuma de voltar para casa com alguma medalha, todos pareciam mais preocupados em mostrar como são importantes a união e a fraternidade. 

Todos os povos unidos em um só objetivo, sem distinção de raças ou credo - coisa difícil nesses dias conturbados em que vivemos, quando se vê noticia de guerra por todo lado.
São as eternas lutas tribais na África (sem nenhum preconceito, mas etnias indistinguíveis aos olhos de quem está fora do conflito se digladiam desde sempre, só que agora com fuzis automáticos e minas enterradas, ao invés de lanças e facões); é líbio contra líbio e sírio contra sírio, e israelense contra “palestino” (como se israelense também não fosse “palestino”)... Mas em Londres, por um breve instante, houve uma trégua e todo mundo parecia ser amigo de todo mundo. Alguém dirá que foi uma vitória da democracia, do respeito à diversidade, dos direitos humanos etc. Até mesmo as mulheres islâmicas tiveram seu momento, aparecendo com seus véus típicos, que não foram proibidos, discriminados ou ridicularizados pela culta e evoluída população ocidental. Uma verdadeira celebração da espécie humana. Unidos por um só objetivo.
Outro exemplo de união surpreendente e inusitada foi um recente episódio ocorrido na Alemanha. O governo local decidiu proibir a circuncisão de crianças do sexo masculino, sob alegação de que se trata de mutilação. Imediatamente, judeus e muçulmanos, que vêm se digladiando há séculos por causa de quase tudo, largaram as picuinhas e se uniram num protesto inédito, em defesa de suas tradições. Parece que até os católicos e ortodoxos aderiram ao movimento, não se sabe exatamente por que. Mas o fato é que um objetivo maior faz as diferenças não essenciais sumirem.
Sobre essas uniões improváveis, deveríamos nos recordar de algumas passagens bíblicas. A Bíblia descreve algumas ocasiões em que pessoas ou até mesmo nações se esquecem momentaneamente de suas visões particulares do mundo, e se unem para a consecução de um objetivo. Ou, quem sabe, para uma celebração conjunta.
Um acontecimento que serviu de protótipo ou de embrião para os demais foi a ocasião em que Pilatos e Herodes se tornaram amigos. Diz a Bíblia que, quando as autoridades religiosas judaicas finalmente conseguiram prender Jesus, se viram com um problema nas mãos. Não querendo queimar ainda mais sua imagem diante do populacho, passaram adiante a questão da execução do réu, primeiro para o poder militar, representado pelo procurador romano Pôncio Pilatos. Quando este também quis se livrar do imbroglio, enviou Jesus para o capacho Herodes (que era um títere de Roma). Não confunda este Herodes com o que mandou matar crianças em Belém, chamado “o Grande”. Este que entrevistou Jesus era o Herodes Antipas ou Antípatros, filho do “Grande”. Foi o mesmo que mandou decapitar João Batista e, talvez para não sujar as mãos com o sangue de mais um profeta, tentou apenas fazer uma graça – vestiu Jesus com roupas espalhafatosas (Lucas 23:11) – e  O devolveu para Pilatos, que então arranjou a votação para o povo escolher o Messias ou Barrabás.
Pois então, foi nesse meio tempo que os dois – Herodes e Pilatos – acharam ocasião para resolver antigas pendências, e se tornaram amigos. “Nesse mesmo dia Pilatos e Herodes tornaram-se amigos; pois antes andavam em inimizade um com o outro” (Lucas 23:12). Tinham, de fato, muito em comum: ambos não gostavam dos judeus. Não gostavam de Jesus. Queriam se livrar de preocupações. Então, por que brigar?
A história se repete. Aqueles que não querem saber de Jesus se unem, mesmo que tenham diferenças até então irreconciliáveis.
Por exemplo, ateus, evolucionistas, militantes gays e muçulmanos, têm algo em comum? Você já viu algum gay muçulmano? Esses mesmos que criticam os cristãos por defenderem a Bíblia e o casamento exclusivamente heterossexual, teriam coragem de ir para o Afeganistão ou a Arábia Saudita, adotar o Islã como religião, vestir um jalabiyah cor-de-rosa, uma taqiyah lilás ou um keffiyeh nas cores do arco-íris, e depois exigir casamento gay nas mais prestigiosas mesquitas de Islamabad, Karachi ou Teheran? Ou algum ateu iria como “missionário de sua fé” para a Indonésia, e lá reclamar que o Estado deve ser leigo e a religião não deve influenciar a vida dos cidadãos? Também podemos sugerir que se proponha aos darwinistas irem até o Kuwait ou a Turquia, gritar em alto e bom som que Alá é um mito e não criou coisa nenhuma, mas tudo veio de uma faísca. Grande, mas ainda assim uma faísca. Quero ver.
Mas voltando ao tema, todos esses ilustres grupos têm mais em comum do que se poderia pensar: todos gostariam de erradicar Jesus da face da terra. Porém, como Jesus hoje se encontra preparando a Sua Volta, eles então tentam acabar com os seguidores de Jesus.  Para isso, tentam ridicularizá-los, usando a mídia que dominam, apresentando-os como atrasados, recalcados, iludidos por seus pastores – esses sempre retratados como ladrões e espertalhões. Outros querem amedrontá-los com ameaças de fazer devassas na contabilidade das igrejas e cercear o direito ao culto. E outros usam meios mais violentos: simplesmente cortam cabeças e incendeiam igrejas e casas de cristãos.
Se um desses grupos conseguir calar os cristãos, os outros todos irão se unir com ele em comemoração. Terão conseguido se livrar de Jesus, como Pilatos e Herodes, e se tornarão amigos da noite para o dia!
Isso de fato acontecerá, por um breve momento, fugaz como a abertura das Olimpíadas. Em um dia (que está próximo), depois de três anos e meio de catástrofes sobre todo o planeta, dois homens serão mortos em Jerusalém. O mundo então já estará cansado deles. Durante quarenta e dois meses eles encheram a paciência de todo mundo, falando sem parar que todas as desgraças que vinham se abatendo sobre o mundo eras resultado da desobediência do Homem ao Seu Criador. Eles terão dito que enquanto a Humanidade não abandonasse o pecado e se voltasse para Deus e Seu Messias, sofreria as conseqüências da rebeldia. E então, um dia, o governo humano deu um fim a esses dois chatos.
Que dia feliz! Finalmente as pessoas se livraram de tanta aporrinhação! Um dia calmo, sem a catilinária interminável desses fanáticos! Fora com esses seguidores de Jesus!
E como há muito tempo não se teria motivo para comemorar nada, por que não fazer desse dia feliz um feriado, com festas, danças, comida, bebida e presentes? É o que as pessoas farão: “E os que habitam sobre a terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão; e mandarão presentes uns aos outros, porquanto estes dois profetas atormentaram os que habitam sobre a terra” (Apocalipse 11:10).
Talvez, se tivessem tempo, até organizariam jogos esportivos para marcar a data. Comemorando “a humanidade”, a unidade na diversidade, o fim da intolerância. Quem sabe com uma celebração pagã, bem antiga e tradicional, que acontece desde os tempos de Hesíodo. Com direito a sacerdotisa vestida a caráter e acendimento da tocha direto do luz do sol... 
Mas não haverá espaço na agenda, porque os juízos de Deus se intensificarão e, cumprindo a palavra dos dois profetas, “naquela hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram atemorizados, e deram glória ao Deus do céu. É passado o segundo ai; eis que cedo vem o terceiro. E tocou o sétimo anjo a sua trombeta... Abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada” (Apocalipse 11:13, 14, 19).
Não quiseram se submeter ao Rei dos Reis, e assim se uniram: o Salmo 2 já previa isto há 3.000 anos atrás. “Por que se amotinam as nações, e os povos tramam em vão? Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos conspiram contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas” (Salmo 2:1-3). A alegria dos antigos inimigos, agora amigos que trocam presentes, comemorando a ilusória “liberdade” de alguns dias sem ouvir os profetas de Deus apontando seus pecados, durará pouco tempo. A glória dos que querem se unir contra Jesus e seus seguidores será breve!
Mas antes que cheguem esses dias tenebrosos do juízo de Deus, vejamos de novo as reportagens sobre a abertura das Olimpíadas, e ao revermos todas aquelas delegações, de todas as nações da Terra – Israel entre elas – desfilando festeiras e sorridentes, umas misturadas com as outras, numa festa em que se pode ter uma visão geral da Humanidade, lembremo-nos das palavras de Jesus: “Olhai para a figueira, e para todas as árvores!” (Lucas 21:29).
Sabemos que a figueira representa Israel; logo, as outras árvores são as demais nações. Jesus prossegue: “Olhai para a figueira, e para todas as árvores; quando começam a brotar, sabeis por vós mesmos, ao vê-las, que já está próximo o verão. Assim também vós, quando virdes acontecerem estas coisas, sabei que o reino de Deus está próximo” (Lucas 21:29-31).
A figueira já está florescendo.
Observe a figueira entre as outras árvores.
As Olimpíadas são ótimas amostras desse arvoredo! 

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