sábado, 4 de outubro de 2008

Evolução: pseudo-ciência a serviço de quem?

A maioria dos não-católicos ficou surpresa quando o papa João Paulo II, num documento enviado à Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano em outubro de 1996, falou a favor da evolução. Sem dúvida, o fiasco embaraçoso do julgamento de Galileu veio à mente do papa quando ele advertiu os teólogos da Igreja a "[se manterem] informados sobre... as ciências naturais..." O papa Urbano VIII havia ameaçado de tortura um Galileu idoso e muito enfermo se este não renunciasse às alegações de que a Terra girava em torno do Sol. 
Ajoelhado diante do Santo Ofício da Inquisição de Roma, temendo pela própria vida, Galileu renunciou à sua "heresia" – mas só da boca para fora. A idéia, repetidamente afirmada por papas "infalíveis", de que o Sol e todos os corpos celestes giravam em torno da Terra permaneceu como dogma católico oficial até 1992, quando o Vaticano finalmente admitiu oficialmente que Galileu estava certo. Esse entendimento errôneo da igreja católica e seus comandantes não existe na Bíblia! Muito provavelmente se basearam no registro de Gênesis, de que Deus criou dois "luminares", uma maior "para governar o dia" e outro menor "para governar a noite", obviamente uma linguagem poética que em nenhum momento pretendeu ser científica ou técnica. 
Mas para evitar que a ciência continue a fazer de tola a hierarquia "infalível" da Igreja Católica, o papa admoestou os teólogos católicos a consultarem os cientistas antes de interpretarem as Escrituras. No entanto, o apóstolo Pedro, que os católicos insistem ter sido o primeiro papa, declarou que as Escrituras foram inspiradas pelo Espírito Santo (II Pedro 1:21). Certamente o Espírito Santo não precisa da ajuda dos cientistas. No fundo, o que alguns querem dizer é que se a Bíblia não é infalível quando fala do que pertence ao campo da ciência, por que confiar nela no que diz respeito a Deus e à salvação? Edward Daschbach, um sacerdote católico, explica que tomar a Bíblia literalmente exigiria admitir que a mulher que se assenta sobre a besta em Apocalipse 17 é a Igreja Católica Romana. Embora essa passagem tenha um caráter profético e simbólico (completamente diferente dos relatos de acontecimentos factuais e históricos, por exemplo), admitir isso seria dar o braço a torcer! Ele escreve:
“A Igreja, portanto, não aceita... a interpretação literal dos primeiros capítulos do livro de Gênesis... Quando os que advogam o criacionismo aplicam suas ferramentas fundamentalistas a este último livro [Apocalipse], a Igreja muitas vezes se torna alvo de veementes ataques”.
A bem da verdade, em nenhum lugar da Bíblia se afirma que o Sol gira em torno da Terra. Mas, por outro lado, a Bíblia declara com todas as letras que a Terra é “redonda”:
Isaías 40:22 afirma que E Ele (Deus), o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos...”.
Há 3500 anos, a Bíblia já informava aos homens que a Terra está flutuando no espaço sideral. Jó 26:7 diz que Ele (Deus) estende o norte sobre o vazio; e suspende a terra sobre o nada”. mas aí aparecem de novo os pseudo-intelectuais para dizer que a interpretação está errada, que "redondeza" não quer dizer que a Terra é redonda, e que "o norte", "o vazio", "suspensa sobre o nada" não querem dizer que a Terra flutua no espaço!
Mas apesar disso, ou talvez por causa disso, isto é, por dar mais crédito aos mitos sobre a Bíblia do que à própria Bíblia, a igreja católica considera que a Escritura possui erros. O Concílio Vaticano II declara: "Afirmarmos que a Bíblia é livre de erro naquilo que pertence à verdade religiosa revelada para nossa salvação. Não é necessariamente livre de erro em outros assuntos (por exemplo, ciências naturais)" (grifo nosso).
Isso não é uma questão trivial. Se o relato da criação em Gênesis não é digno de confiança, o restante da Bíblia também não pode ser confiável, pois depende desse relato. Além disso, prova-se que Cristo não era realmente Deus, mas um mero mortal que, tolamente, interpretou literalmente a história de Adão e Eva (Mateus 19:4-5), e não pode, portanto, ser nosso Salvador. O periódico The American Atheist [O Ateu Americano] sabe muito bem qual é a questão: "Destruam-se Adão e Eva e o pecado original, e nos escombros se encontrarão os restos mortais do Filho de Deus, eliminando-se assim qualquer significado para sua morte”. Leia mais sobre o que significa isto neste link.
E você, de que lado ficará?
Crerá em Jesus, que citou literal e cabalmente fatos e personagens que os “modernos” consideram lendários (Adão e Eva, Noé e o dilúvio, Jonas e o grande peixe), ou prefere seguir a afirmação do homem “infalível” de que a Bíblia possui erros e portanto não é digna de crédito?

Atualizado em 15/12/2014