“A
crença religiosa é contra o senso comum. Não há anjos, demônios, céu, inferno,
fantasmas, bruxas, nem milagres. Essas crenças supersticiosas são promovidas
com o propósito de fazer crer que, dando dinheiro à classe sacerdotal, as
pessoas serão favorecidas por um dos deuses. Não há nada sobrenatural – nada
contrário à lei natural”.
Quem escreveu isto foi James Harvey Johnson, em seu livro “Religião, uma
fraude gigantesca”. E pode ter certeza, ele traduz o pensamento de muita gente
hoje em dia, esclarecida ou não.
Essas mesmas pessoas acusam os cristãos de “assassinar suas mentes” quando
crêem na inspiração da Bíblia, em milagres e na ressurreição de Cristo. Os
incrédulos supõem que a crença cristã está baseada na ignorância e que esta fé
é algo cego e não inteligente.
Na verdade é justamente o contrário. A fé cristã é uma fé inteligente; ela não
consiste em um ato impensado, desvinculado da realidade. A Bíblia encoraja
tanto o crente como o não-crente a usarem a inteligência quando investigam o
Cristianismo.
Jesus Cristo disse certa vez, citando o Antigo Testamento: “Amarás
o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”
(Mateus 23:27, ênfase acrescentada). O apóstolo Paulo escreveu: “Porque eu sei em quem tenho crido” (II Timóteo 1:12), e à igreja em
Tessalônica, “julgai todas as
coisas” (I
Tessalonicenses 5:21).
João
advertiu as pessoas a “provar os espíritos”, no sentido de “fazer um teste” (I
João 4:1); isto, sem dúvida, envolve o uso da mente, extensivamente. Além
destas, outras referências ilustram a necessidade de usar a mente em relação à
fé cristã:
“E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente [inteligentemente], disse-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada” (Marcos 12:34).
“E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente [inteligentemente], disse-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada” (Marcos 12:34).
“E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em
todo o conhecimento” (Filipenses 1:9).
“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo,
o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de
revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que
saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da
sua herança nos santos” (Efésios 1:17-18).
“Falo como a entendidos [cf.
sábios, inteligentes, criteriosos]; julgai vós mesmos o que digo” (I Coríntios 10:15).
Desde as eras mais antigas, Deus sempre mostrou respeito pelos homens de
integridade intelectual. Ele disse aos israelitas que ignorassem qualquer
profeta que fizesse uma predição falsa (Deuteronômio 18:22). Ele desafiou os
ídolos dos gentios a provarem sua deidade. Como a resposta foi nula, Ele então
deu a sua sentença (Isaías 41:21-24).
Apesar disso, muitos cristãos não sabem explicar porque crêem, embora as Escrituras
deixarem claro que eles deveriam saber. “Estai sempre preparados para responder com
mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (I Pedro 3:15).
A Bíblia nos exorta a usarmos a mente ao nos decidirmos por Jesus Cristo. O
Cristianismo é sensato, é racional; mas não se chega a Cristo só com o
intelecto. A fé precisa ser exercitada; mas é uma fé baseada em fatos, não em
falsa esperança. A fé cristã é um passo em direção à luz e à iluminação, e não
um salto no escuro como querem fazer crer. Paulo, ao falar de sua fé, disse “o rei, diante de quem falo com
ousadia, sabe estas coisas, pois não creio que nada disto lhe é oculto; porque
isto não se fez em qualquer canto” (Atos 26:26). Em outras palavras, o que acontecera, era
notório, todos sabiam, todos haviam testemunhado como fatos verídicos – que
Jesus Cristo havia sido crucificado e ressurgira dos mortos ao terceiro dia, e
depois de instruir seus discípulos, subira aos céus prometendo voltar em breve.
Todos esses fatos podiam ser ponderados e avaliados por qualquer um que
desejasse investigar a sua validade. Os milagres aconteciam à vista de todos, e
por causa disso os cristãos primitivos desafiaram o mundo para ver “se as
coisas eram assim mesmo”. Eles não desencorajavam os céticos dizendo “apenas creiam”. Eles encorajavam sua
curiosidade para verificar os fundamentos da fé (Atos 17:11).
Muitas pessoas se esforçaram para solapar a fé cristã e desmentir suas principais
verdades, como o general Lew Wallace, autor de “Ben Hur” – e como ele, acabaram
se tornando cristãs. O desafio para refutar a fé cristã tem sido planejado
muitas vezes, mas sempre fracassa. Se os cristãos possuem essa tal “fé cega”
que lhes atribuem, então porque tantos estudiosos se convertem através do
exercício intelectual? É porque a fé está baseada na verdade. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou a
verdade”
((João 14:6).
A escolha de tornar-se cristão deve ser feita depois de uma reflexão
apropriada. Deve ser considerada e avaliada antes que seja assumido um
compromisso. Os que encorajam a conversão a Jesus Cristo baseada num apelo
emocional ou através de manipulação, não estão sendo bíblicos. Uma pessoa
precisa compreender o que estão fazendo antes de tornar-se cristã.
Aqueles que acusam os cristãos de serem crédulos e ignorantes, na verdade
estão manifestando a sua própria ignorância. E essa ignorância muitas vezes é
auto-imposta. Ao passo que algumas pessoas não estão preocupadas com as
afirmações de Cristo, outras as recusam claramente. Elas afirmam que há
problemas intelectuais com a fé cristã, quando de fato o que elas apresentam
são desculpas, muitas vezes emocionais. Apesar de terem visto fatos do
Cristianismo, e admitirem a sua verdade, se recusam a tornarem-se cristãs.
Isto, portanto, não é um problema do intelecto, mas da vontade. Não é que
essas pessoas não possam se tornar cristãs; a questão é que elas não querem se
tornar cristãs. A Bíblia ensina que a Humanidade está tentando suprimir a
verdade de Deus (Romanos 1;18, 25, “do céu se
manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos
homens, que detêm a verdade em injustiça... Pois mudaram a verdade
de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o
Criador, que é bendito eternamente”). As pessoas são ignorantes
sobre Jesus Cristo porque, de um modo geral, querem ser assim.
O evangelho é tão simples que muitos o rejeitam. De fato, para entrarmos no Reino
dos Céus precisamos ser como crianças (Mateus 18:3). Precisamos colocar nossa
confiança em Cristo, sejamos professores universitários ou pessoas que nunca
terminaram a escola primária.
Já
outros entendem que a vida crida cristã é monótona e cheia de proibições: “não pode fazer isto, não pode fazer aquilo”.
Como ninguém quer viver desse jeito, eliminam o Cristianismo por atacado. Nada
pode estar mais longe da verdade.
Apesar de alguns cristãos – felizmente, não são todos – darem a impressão de que
sua fé é um conjunto de regras negativas, quando uma pessoa confia em Jesus
como seu Salvador ela se torna verdadeiramente livre. “Se
pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João
8:36). Jesus Cristo está empenhado em libertar homens e mulheres das coisas que
os mantêm em escravidão, a fim de que possam ser as pessoas realizadas da forma
como foram idealizadas!
Como cristãos, nós somos livres para fazer o que queremos e não o que não queremos.
A vida cristã é tudo, menos fastidiosa, porque há uma alegria constante em
conhecer o Deus vivo e experimentar todas as coisas boas que Ele tem guardadas
para nós: “agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração”!
(Salmo 37:4).
Condensado
e adaptado de Josh McDowell & Don Stewart, “Respostas Àquelas Perguntas Que
Os Céticos Perguntam Sobre a Fé Cristã”, Ed. Candeia, 1997, pg 161-168
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