Concordo que o título não é inédito e nem original. Mas acho que há muitas razões que talvez não tenham ainda sido expostas. Por exemplo, com a aproximação da semana chamada “santa”, as igrejas de orientação católica romana começam novamente a se encher de fiéis. Muitos comparecem pela tradição de ter uma religião herdada. Não chegaram sequer a pensar em outra possibilidade. A tradição é assim e pronto, acabou. Outros assistem às elaboradas cerimônias levados pela atração mística e sensorial do ritual: sacerdotes paramentados, imagens, velas, quadros, procissões, e as próprias cerimônias, misteriosas, como a hóstia e outros elementos místicos.
Outros ainda freqüentam esses templos apenas em ocasiões específicas: o Natal, o dia de algum santo, um batizado, casamento ou funeral, mas agora, especificamente, por conta da chamada quaresma e da tal semana santa.
Quando digo que não concordo com esses rituais e cerimônias, alguns ainda se espantam – hoje menos do que há alguns anos, quando não ser católico era uma heresia cabeluda, verdadeiro escândalo. Hoje, devido ao avanço das comunicações, dentre outras coisas, já não é tão escandaloso assim não seguir ao papa de Roma nem desdenhar imagens de santos – tudo bem que não precisa chutar... Mas em que pese o zelo de alguns líderes, como o falecido JP2, que queria unir todo o mundo sob a égide “de Maria”, e do atual mandatário de Roma, o godo Ratzinger, de “trazer de volta os irmãos separados”, ou ainda do falastrão Jonas Abib, que vive metendo a ripa nos evangélicos e ao mesmo tempo lhes copia a liturgia com músicas ao violão e línguas estranhas, a cena católica ainda é permeada de estranhamento quanto às razões pelas quais grande parte da população abandonou esse credo nos últimos anos.
Há muitas razões.
Eu quando pequeno admirava a “igreja”, pelos motivos que listei acima: mistério, pompa e circunstância, rituais, celebrações misteriosas e assombrosas. Mas, como diz a Bíblia, “quando cheguei a ser homem deixei as coisas de menino” (I Coríntios 13:11); e depois que comecei a estudar a Bíblia para valer, seriamente – a mesma Bíblia que o romanismo diz seguir –percebi que as coisas não são bem assim não, não são seguidas à risca como deveriam. E se a pessoa for séria, perceberá a incompatibilidade entre aquilo que se prega e aquilo que se vive – ou se deveria viver.
Por essas razões digo que não sou católico:



Trazem de Társis prata em chapas, e ouro de Ufaz, trabalho do artífice, e das mãos do fundidor; seus vestidos são de azul e púrpura; obra de peritos são todos eles... Todo homem se embruteceu e não tem conhecimento; da sua imagem esculpida envergonha-se todo fundidor; pois as suas imagens fundidas são falsas, e nelas não há fôlego. Vaidade são, obra de enganos; no tempo da sua visitação virão a perecer); Habacuque 2:18-20 (Que aproveita a imagem
esculpida, tendo-a esculpido o seu artífice? a imagem de fundição, que ensina a mentira? Pois o artífice confia na sua própria obra, quando forma ídolos mudos. Ai daquele que diz ao pau: Acorda; e à pedra muda: Desperta! Pode isso ensinar? Eis que está coberto de ouro e de prata, e dentro dele não há espírito algum. Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra; cale-se diante dele toda a terra); Salmos 97:7 (Confundidos são todos os que servem imagens esculpidas, que se gloriam de ídolos; prostrai-vos diante dele, todos os deuses); 115:4-8 (Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. Semelhantes a eles sejam os que fazem, e todos os que neles confiam); 135:15-18 (Os ídolos das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens; têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; nem há sopro algum na sua boca. Semelhantemente a eles se tornarão os que os fazem, e todos os que neles confiam); Apocalipse 22:15 (Ficarão de fora [da cidade santa] os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira). Não adiantam pseudo-justificativas de que “não é adoração, é apenas homenagem”, que “não é idolatria, é apenas hiperdulia”; não, Deus detesta todo e qualquer tipo de culto que envolva imagens. Os versos acima são irrefutáveis, e não admitem outro tipo de interpretação!

Além do mais, muitas vezes as imagens são apenas réplicas, pois as “originais” são “consagradas” e não podem sair de dentro de suas redomas! Se o milagre da original já é questionável, imagine o da réplica!

Com quem você fica, com a Bíblia ou com a tradição humana?
É possível crer na Bíblia como Palavra Infalível de um Deus Infalível e ainda assim continuar a ser católico?
Para ajudar você a decidir, na semana que vem tem mais.
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