É nesse
período que ocorrerá a maioria dos eventos narrados em Apocalipse, portanto, os
cristãos não precisam se preocupar com eles. Todos esses artigos aqui
publicados servem apenas para alertar que a época está próxima, conforme podemos
ver pelos sinais que Jesus informou previamente. O que nos cabe é esperar o
momento em que a trombeta tocará, nos chamando para subir (Apocalipse 4:1).
Lemos em I Tessalonicenses
1:10: “...e
para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos,
Jesus, que nos livra da ira vindoura”. De que ira se trata aqui?
Da ira de Deus que começará com a Grande Tribulação, pois ela será o juízo de
Deus sobre o mundo de incredulidade e maldade. É o que lemos em Apocalipse 6:15-17: “Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os
ricos, os poderosos, e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e
nos penhascos dos montes, e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós,
e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono, e da ira do Cordeiro,
porque chegou o grande dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?”

Alguns autores, como o respeitado Russell Shedd,
acham que a Igreja passará pela tribulação, como uma forma de “purificação”.
Segundo pensam, quando Jesus afirma que “o
evangelho do reino será pregado a todas as nações”, “então virá o fim”. Segundo esse raciocínio, logo em seguida “aparecerá no céu o sinal do Filho do homem,
e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as
nuvens do céu, com poder e grande glória”. Afirmam que nesse momento
aconteceria o arrebatamento e os crentes, logo após subirem para encontrar com
o Senhor nos ares, retornariam imediatamente para a batalha do Armagedom. Ora,
todo este arrazoado está equivocado, por uma simples razão. O sermão profético
registrado em Mateus 24 e 25 foi dito a Israel e aos judeus, e não à Igreja, a
qual na ocasião ainda era um mistério oculto em Deus, e não havia ainda sido
estabelecida (o que só ocorreria em Atos cap. 2). Para mais detalhes dessa
exposição, leia aqui.
Além do mais, tal teoria não dá tempo hábil para as bodas do Cordeiro e para o
julgamento das obras dos crentes, cf. I Coríntios cap. 3.

Que o
arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação também é mostrado na história
de Gideão. Lemos em Juízes 7:19-20: “Chegou, pois,
Gideão, e os cem homens que com ele iam, às imediações do arraial, ao princípio
da vigília média, havendo-se havia pouco trocado as guardas; e tocaram as
trombetas, e quebraram os cântaros, que traziam nas mãos. Assim as três
companhias tocaram as trombetas e despedaçaram os cântaros; e seguravam nas
mãos esquerdas as tochas e nas mãos direitas as trombetas que tocavam; e
exclamaram: Espada pelo Senhor e por Gideão!”
As trombetas e os
cântaros
quebrados são uma figura da transformação e do arrebatamento. "Ao
princípio da vigília média" é o tempo em torno da meia-noite. Em Mateus 25:6
lemos: “Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí
ao seu encontro”. Sabemos que, em nossos dias, nos aproximamos
dessa hora da meia-noite. Os sinais dos tempos e Israel apontam para isso
claramente. Trata-se também do tempo em que o mundo das nações está colocando
"guardas" contra Israel, como os midianitas o fizeram naquela época
(Juízes 7:19). Isso levará, no final das contas, à batalha dos povos em
Armagedom, no final da Tribulação.
Atualmente,
Israel está perdendo cada vez mais sustentação. A conquista de Jerusalém e a
destruição de Israel continuam fazendo parte do plano dos inimigos do povo de
Deus. Mas antes desse último período anticristão será ouvida a
trombeta de Deus e a Igreja de Jesus será arrebatada.
O que acontecerá com os crentes por ocasião do
arrebatamento? Um grande milagre: seremos libertados da nossa carne, ou seja, do nosso
corpo terreno. I Coríntios 15:52-53 descreve assim esse momento: “...num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar
da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e
nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se
revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade”.
Somente então, depois do
arrebatamento, estaremos livres do pecado. Não será mais possível pecar,
mas em nós resplandecerá exclusivamente a clara luz da obra de Jesus Cristo e
todos nos amaremos uns aos outros. Não será maravilhoso estar finalmente
liberto da carne pecaminosa? Pois, quantas vezes já choramos por causa do
pecado que em nós habita? Quanto trabalho já nos deu nossa carne pecaminosa, a
nós que queremos andar no Espírito?
Também Paulo chorou por isso e testemunha em
Romanos 7:18: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha
carne, não habita bem nenhum. Porque, no tocante ao homem interior, tenho
prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei que, guerreando
contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos
meus membros”.
Enquanto vivermos, o espírito e a carne estarão em
constante confronto. Por isso, é tão importante ficar cheio do Espírito (Efésios
5:18), andar no Espírito e deixar que o Espírito nos governe. Nossa carne é
receptiva para o pecado, e também para a enfermidade e a morte. Isso acabará no
momento do arrebatamento, quando formos transformados e recebermos um corpo
espiritual, “quando o mortal se revestir da imortalidade” (I Coríntios 15:54).

Então, tudo será somente luz. Tudo
resplandecerá em Sua glória. Não haverá mais pecado, porque o vaso da nossa
carne não estará mais presente. Em 1 Coríntios 15.50 está escrito que “carne e sangue não podem herdar o reino de Deus”.
Por isso, seremos transformados, pois o cântaro do nosso corpo tem que ser
quebrado. Somente por ocasião da transformação e do arrebatamento se tornará visível
o que a Bíblia diz em Mateus 13:43: “Então os
justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai”.
É por isso que não devemos dar
atenção aos anunciados “fins do mundo”, calendários maia, asteca, tibetano e o
que mais vier. Somente precisamos ter em mente que a trombeta pode soar a
qualquer instante, sem aviso, e esta é a razão de estarmos sempre atentos para
não sermos deixados para trás.