Este é um post triste.
Fala sobre aqueles que não estão mais aqui.
Como 32 passageiros e tripulantes do ATR que caiu sobre uma ponte e um
rio em Taiwan (4 de fevereiro).
De acordo com informações da imprensa da cidade do Cairo, pelo menos 30
pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas em uma briga generalizada nos
arredores do Estádio Air Defense, propriedade do exército, entre a torcida do
Zamalek e a polícia, momentos antes de uma partida no domingo 8 de fevereiro. O
resultado foi a suspensão da liga nacional por tempo indeterminado. Ou os
90 que morreram numa avalanche no Afeganistão em 25 de fevereiro. Ou os 56.000
que morrem anualmente no Brasil vítimas de homicídios. Imigrantes que morreram
afogados no mar Egeu, aumentando ainda mais a lista de mortos dessa triste
história. 244 passageiros e tripulantes de um Airbus russo na península do
Sinai em outubro, caso nunca esclarecido devidamente, se foi acidente ou
atentado. 30 vítimas fatais – encontradas até dezembro – em um acidente
ambiental em Mariana/MG, quando uma barragem de contenção de rejeitos
industriais se rompeu e causou uma enxurrada de lama que atingiu o litoral do
Espirito Santo dias depois.
Até o
fechamento desta matéria, cerca de 3.500 pessoas morreram em atentados
terroristas, isso sendo apenas uma estimativa. Entre 3 e 7 de janeiro, o Boko
Haram matou mais de 2.000 em Baga, Nigéria. Esse grupo voltou a agir em 1º de
julho em Kukawa (145 mortos) e 20 de setembro (Maiduguri, mais 145 vítimas
fatais). Em Sana’a, Iêmen, homens-bomba atacaram mesquitas e mataram 135
pessoas. Em 7 de janeiro, doze pessoas perderam a vida no atentado ao jornal
satírico “Charlie Hebdo”, em Paris (mais detalhes adiante). Em 1º de abril, o
Al Shabab matou 147 no Quênia. Em 25 de junho, o Estado Islâmico explodiu um
carro na fronteira turco-síria e matou 146. A 17 de julho, um carro-bomba matou
cerca de 180 pessoas num mercado em Khan Bani Saad, Iraque. Em 10 de outubro, 102 morreram vítimas de dois homens-bomba em Ancara,
Turquia. Em 31 de outubro o grupo Província do Sinai, aliado do Estado
Islâmico, derrubou um avião russo matando todos os 224 a bordo, no Egito. Mas o
que mais chocou o mundo ocidental foi a série de atentados a Paris, em 13 de
novembro, com um saldo de 137 mortos e centenas de feridos. A resposta civilizada
dos países ricos foi o massacre indiscriminado de várias centenas de velhos,
mulheres e crianças em vários locais do Oriente Médio, onde eles acham que
estão os culpados.
.
Entre os famosos, alguns que partiram foram...
Atores:
8 de
janeiro – Rod Taylor, ator australiano, conhecido “galã” de filmes como “Os Pássaros” (de Alfred Hitchcock) e “A
Máquina do Tempo”. Um dos seus últimos trabalhos foi no papel de Winston
Churchill em “Bastardos Inglórios”. Tinha 84 anos, e morreu de causas naturais,
em Los Angeles.
11 de
janeiro - Anita Ekberg, atriz sueca, musa de uma geração, símbolo sexual nos
anos 1960, com participação memorável em “La Dolce Vita”, de Fellini (1960), em
que aparece na Fontana di Trevi, em Roma. Na vida real passou por dificuldades
e por fim mal conseguia pagar o aluguel. Kerstin Anita Marianne Ekberg
trabalhou pela última vez em 2002, numa minissérie da TV italiana. Locomovia-se
com dificuldade devido a uma queda que lhe fraturou o fêmur, em 2009. Em 2011, pediu
auxílio à Fundação Fellini, já que vivia num lar de idosos após um incêndio em
sua casa, provocado por ladrões. Recebia poucas visitas e planejava lançar um
livro de memórias. Dizia que não se arrependia de ter “amado, chorado e enlouquecido de felicidade”. A causa da morte não
foi informada. Ela estava internada desde o Natal em uma clínica perto de Roma.
4 de
fevereiro – Odete Lara, atriz brasileira. Odete Rigghi Bertoluzzi era filha de
imigrantes italianos. Ainda muito jovem, viveu uma tragédia quando o pai e a
mãe se suicidaram. Loira, olhos verdes e muito bonita, começou a carreira como
modelo e participou do primeiro desfile de moda no país. Pouco depois foi
garota propaganda, até estrear como atriz de novelas nas TVs Tupi e Excelsior .
Participou de quase 40 filmes e também cantava, chegando a dividir o palco com
nomes como Vinicius de Moraes e Chico Buarque. Quando estava no auge, virou
budista, abandonou tudo e se isolou. Recusou convite para viver a vilã Odete
Roitman na novela Vale Tudo, no que seria um dos papéis mais marcantes da
televisão brasileira. Aos 85 anos, no Rio de Janeiro, de causas não reveladas.
1 de
abril – Grace Lee Whitney, que interpretava a ordenança Janice Rand na série
original “Jornada nas Estrelas”. Trabalhou ainda em vários “Star Trek” no cinema,
e, também atuou em outras duas séries famosas da década de 1960: “A Feiticeira”
e “Batman”. Tinha 85 anos e faleceu de causas naturais.
7 de
junho – Christopher Lee, ator inglês, famoso por interpretar Drácula e o
maligno Saruman na saga “O senhor dos anéis”. Londrino, nascido em 1922,
projetou-se no cinema na década de 1950. Com a popular produtora britânica
Hammer Film Productions, especializada em longas de terror, repetiu o papel de
Drácula em vários filmes. A imagem de vilão, contudo, parecia incomodá-lo. “Por favor, não me descrevam como uma 'lenda
do horror'. Eu deixei isso para trás”, afirmou em uma entrevista. Apesar
disso, outro papel marcante foi o do vilão Scaramanga em “007 contra o homem
com a pistola de ouro” (1974). Lee era primo de Ian Fleming, o criador de James
Bond. Nos últimos 15 anos, Christopher Lee foi apresentado a uma nova geração
de fãs. Além de “O senhor dos anéis”, apareceu em “Guerra nas estrelas”, como
Conde Dookan. Fez filmes com Tim Burton, como “A lenda do cavaleiro sem cabeça”
(1999), “A fantástica fábrica de chocolate” (2005, como o pai de Johnny Depp),
e “Sombras da noite” (2012). Com sua voz marcante, Lee também dublou inúmeros
filmes de animação. Em 2001, foi nomeado Comandante da Ordem do Império Britânico
e em 2009, Cavaleiro por seus serviços como ator e filantropo. Em 2011, ao
receber um prêmio pelo conjunto da obra no Bafta, considerado o Oscar
britânico, declarou que jamais se aposentaria. “Eu odeio ser um ídolo. Como dizia o querido [ator] Boris [Karloff],
não vou pendurar as chuteiras até morrer”. Gostava muito de heavy metal: “Associo o heavy metal à fantasia pelo tremendo poder que transmite”,
explicou no lançamento de “Metal knight”, seu álbum de 2014, com quatro
canções: “The Toreador March”, da ópera “Carmen”, de George Bizet; “My way”,
popularizada por Frank Sinatra; “The impossible dream” e “I, Don Quijote”.
“Don Quixote é o personagem de ficção
mais heavy metal que conheço”. Em 2013, ele havia se tornado o intérprete
mais idoso com uma canção nas paradas dos Estados Unidos. A música se chamava “Jingle
hell”, espécie de paródia da natalina “Jingle bells”. Christopher Lee deixou
esposa, Birgit, conhecida como Gitte, com quem era casado desde 1961, e uma
filha, Christina. Aos 93 anos, de insuficiência cardíaca e respiratória.
10 de
julho – Omar Shariff, ator egípcio. Nascido Michel Demitri Shalhoub, mudou seu
nome quando se converteu ao Islamismo para poder se casar. Trabalhou em muitos
filmes produzidos em Hollywood, sendo famoso por seus personagens marcantes em “Doutor
Jivago” e “Lawrence da Arábia”. Tinha 83 anos e sofreu um infarto, no Cairo.
17 de
agosto - Yvonne Craig, atriz americana, famosa por interpretar a primeira “Bat-Girl”
na série Batman entre 1967 e 1969. Também atuou em “Jornada nas Estrelas”, a
série original do capitão Kirk e do Sr. Spock. Em Los Angeles, aos 78 anos, ela
não resistiu a um câncer de mama que acabou se espalhando para o fígado.
30 de
agosto – Wes Craven, diretor, produtor, argumentista e editor de cinema norte-americano,
célebre por ter criado as famosas séries de filmes de terror “Pânico” e “A Hora
do Pesadelo” – aquele do vilão Freddy Krueger. Morreu em sua casa, em Los
Angeles, vítima de câncer, aos 75 anos.
13 de
setembro – Betty Lago, ex-modelo, atriz e jornalista. Iniciou sua carreira de
modelo na década de 1970, mas passou 15 anos fora do Brasil desfilando na
França, na Itália e nos Estados Unidos para as mais famosas griffes da época. Seu primeiro trabalho como
atriz foi uma pequena participação no filme Dona Flor e seus Dois Maridos (1976). Na televisão, estreou
em 1992, na minissérie Anos
Rebeldes. A partir daí, interpretou várias personagens de sucesso, como
a impagável Carlota Joaquina na minissérie “O Quinto dos Infernos”. Também apresentava programas em canais
fechados, como GNT. Sua última novela foi “Pecado Mortal”, da TV Record, em 2013. Tinha 60 anos e sofria de
câncer na vesícula.
20 de
outubro - Yoná Magalhães, atriz brasileira. Atriz de “Deus e o Diabo na Terra
do Sol” (1964), entrou para a vida artística para ajudar a família quando o pai
ficou desempregado. Fez parte do primeiro elenco da TV Globo, a partir de 1965,
e é considerada a primeira mocinha de sucesso das novelas da emissora. Em 1966,
formou ao lado de Carlos Aberto o principal casal romântico da época, em ”Eu
compro esta mulher”. Atuou ainda no rádio e teatro, minisséries, seriados e
humorísticos, em mais de 60 anos de carreira. Aos 80 anos, de insuficiência
cardio-respiratória, no Rio de Janeiro.
5 de
dezembro – Marília Pêra, atriz, cantora, bailarina, diretora, produtora e
coreógrafa. Trabalhou em mais de 50 peças, quase 30 filmes e cerca de 40
novelas, minisséries e programas de televisão. Marília Soares Pêra nasceu em 22
de janeiro de 1943, no bairro do Rio Comprido, no Rio. Sua primeira entrada em
cena aconteceu quando ainda era bebê, fazendo figuração no colo da mãe, também
atriz, na peça “Medeia”. Entre os 14 e os 21 anos, atuou como bailarina em
musicais. Aos 18, viajou por Brasil e Portugal com a peça “Society em
baby-doll”. Outro destaque foi “Como vencer na vida sem fazer força”, com
Procópio Ferreira, Moacyr Franco e Berta Loran. Em 1965, Marília foi contratada
para integrar o elenco inicial da TV Globo. Após um período fora da TV Globo, quando
fez “Beto Rockfeller” (1968), da TV Tupi, foi convidada a voltar e trabalhou em
“O cafona”, “Bandeira 2” (1971-72) e “Supermanoela” (1974). A partir daí,
afastou-se das novelas por oito anos. Destacou-se nas minisséries “O primo
Basílio” (1988), e “Os Maias” (2001). Em “JK", fez a ex-primeira
dama do Brasil Sarah Kubitschek. Na década de 1990, atuou nas novelas “Lua
cheia de amor” (1991) e “Meu bem querer” (1998). Ao longo da longa carreira, Marília
Pêra destacou-se também no cinema. Estrelou “Pixote, a lei do
mais fraco” (1980), “Bar Esperança” (1983), “Tieta do agreste” (1995), “Central
do Brasil” (1996) e “O viajante” (1998). No teatro, ganhou duas vezes o Prêmio
Molière: em 1974 e em 1984. Nos palcos interpretou Carmen Miranda em diversas
ocasiões – “O teu cabelo não nega” (1963), “A pequena notável” (1966), “A
tribute to Carmen Miranda” (1975), apresentada em Nova York, “A Pêra da Carmem”
(1986 e 1995) e “Marília Pêra canta Carmen Miranda” (2005). Outras estrelas
vividas por Marília foram Dalva de Oliveira, no musical “A estrela Dalva”
(1987); Maria Callas, na peça “Master Class” (1996) e a estilista “Coco
Chanel”, na peça “Mademoiselle Chanel” (2004). Um dos seus últimos trabalhos
foi na série "Pé na Cova', da TV Globo, onde interpretava a personagem
Darlene. Aos 72 anos, em sua casa no Rio de Janeiro, ao lado da família. Ela
lutava contra um câncer de pulmão havia dois anos.
Músicos:
22 de
fevereiro - Renato Rocha, baixista integrante da primeira formação da
banda Legião Urbana. Apesar de negro, integrou grupos como Cabeças
Raspadas, subcultura inspirada nos skinheads
ingleses da década de 1970, e Gestapo (!). Renato Rocha ingressou na Legião
Urbana logo depois de a banda ter assinado o contrato com a EMI, em 1984, a quatro
dias do início das gravações do primeiro LP da banda. Renato Rocha deixou a banda
em 1989, prestes a assinar o contrato do álbum “As Quatro Estações”, devido a
problemas com drogas, bebida e atrasos em shows. Em 2012 soube-se que ele vivia
nas ruas do Rio de Janeiro. Em uma entrevista, disse que sua participação nos
direitos autorais dos discos da Legião Urbana rendia menos de mil reais por
mês. Sofreu uma parada cardíaca aos 53 anos, no litoral de São Paulo.
3 de
março – José Rico, da dupla sertaneja Milionário e José Rico. Nascido em
Pernambuco, adotou o nome artístico de José Rico em referência à cidade de
Terra Rica, no Paraná, onde cresceu. Em
1968 conheceu Romeu Januário de Matos, o Milionário, em São Paulo. Seu
principal sucesso foi a canção rancheira “Estrada da vida”, que vendeu mais de
dois milhões de cópias e deu origem ao roteiro do filme homônimo. A dupla se
separou em 1991, mas se reuniu novamente 3 anos depois. José Rico tinha 68
anos.
14 de
abril – Percy Sledge, cantor americano. Ficou mundialmente conhecido por
interpretar a clássica canção de amor “When a Man Loves a Woman”. Lançado
em 1966, o single alcançou o 1º
lugar nas paradas americanas e canadenses e ficou em 4º lugar no Reino
Unido. A inspiração para a composição da música foi o fim de seu relacionamento
um ano antes (sua namorada o deixara para tentar a carreira de modelo). Tinha
73 anos e sofria de câncer.
23 de
abril – Mangabinha, músico brasileiro integrante do Trio Parada Dura desde
a sua primeira formação. Carlos Alberto Ribeiro começou sua formação musical
ainda na infância, aprendendo a tocar a sanfona de oito baixos que pegava
escondido de seu pai. Em 1950, passou a apresentar-se em festas e forrós, com a
velha sanfona de 8 baixos. Em 1970, mudou-se para Belo Horizonte, onde
formou um trio com Gino e Geno. Em 1973, mudou-se para São Paulo e atuou
com Delmir e Delmon na primeira formação do Trio Parada Dura. Mas em
1992 o trio se desfez e Mangabinha ficou cinco anos sem gravar, retornando em
1997 com nova formação. Em sua carreira solo gravou 21 LPs instrumentais e
possuía uma casa de shows que levava seu nome, o “Forró do Mangabinha”. Morreu em
Belo Horizonte, vítima de um infarto em decorrência da diabetes, aos 73 anos.
30 de
abril – Ben E. King, músico americano, criador do hit “Stand By Me”, aos 76
anos, de causas naturais.
14 de
maio - Riley Ben King, mais conhecido como B. B. King, guitarrista de blues,
compositor e cantor estadunidense. O “B. B.” em seu nome significa Blues Boy,
seu pseudônimo como moderador na rádio W. Foi considerado, ao lado de Eric
Clapton e Jimi Hendrix, um dos melhores guitarristas do mundo pela
revista norte-americana Rolling Stone. Ao longo da sua carreira, foi
distinguido com 15 prêmios Grammy, e foi criador de um estilo único que
faria dele um dos músicos mais respeitados e influentes, apelidado de Rei do
Blues. Era apreciado por seus solos, nos quais, ao contrário de muitos
guitarristas, preferia usar poucas notas. Certa vez, teria dito: “posso fazer uma nota valer por mil”. B.
B. King nasceu numa fazenda de algodão em 16 de setembro de 1925 em Itta
Bena, Mississippi. Teve uma infância difícil – aos 9 anos, vivia sozinho e
colhia algodão para se sustentar. Começou a tocar na rua, por algumas moedas.
Chegou a tocar em quatro cidades diferentes aos sábados à noite. Em 1947, foi para Memphis
apenas com sua guitarra e 2,50 dólares. “Num sábado à noite ouvi uma guitarra elétrica que não estava a tocar
musica gospel. Era T-Bone interpretando “Stormy Monday” e foi o som mais belo
que alguma vez ouvi na minha vida. Foi o que realmente me levou a querer tocar
blues”, recordava. Em 1951, começou a fazer turnês de 275 concertos/ano. Em
1956 B. B. King foram 342 concertos. Em 1969, B. B. King foi escolhido para a
abertura de 18 concertos dos Rolling Stones. Em 1970 fez uma turnê
por Uganda, Nigéria e Libéria, e participava da maioria dos
festivais de Jazz e Blues por todo o mundo. Seu estilo inspirou muitos
guitarristas de rock. Mike Bloomfield, Albert Collins, Buddy
Guy, Freddie King, Jimi Hendrix, Otis Rush, Johnny
Winter, Albert King, Eric Clapton, George
Harrison e Jeff Beck foram apenas alguns dos que seguiram a sua
técnica como modelo. Era considerado o melhor guitarrista do mundo por Jimi Hendrix.
Começou a participar A Gibson nomeou-o “Embaixador das guitarras Gibson no
Mundo”. Em abril de 2015, B.B. King foi internado com desidratação causada
pelo diabetes tipo 2, doença com a qual convivia há mais de vinte anos. King
morreu na madrugada de 15 de maio de 2015, enquanto dormia, aos 89 anos, de
causas naturais.
12 de
junho – Fernando Brant, compositor, principal parceiro de Milton Nascimento,
que conheceu na década de 1960, e com quem compôs mais de 200 músicas. “Travessia”,
de 1967, se tornou um hit nacional na voz de Bituca, como Milton é carinhosamente
chamado no Clube da Esquina, e também “Canção da América”, “Nos bailes da vida”,
“Maria, Maria”, “Planeta blue”, “Promessas do sol”, “O vendedor de sonhos”, “Para
Lennon e McCartney” e “Encontros e despedidas”, entre muitas outras. Também
teve canções interpretadas por muitos outros artistas, como “Sentinela”,
cantada por Cynara e Cybele (do Quarteto em Cy). Um dos fundadores do lendário Clube
da Esquina, morreu em decorrência de complicações em uma cirurgia, em belo
Horizonte, aos 68 anos.
27 de
junho – Chris Squire, baixista e co-fundador do Yes, uma das principais bandas
de rock progressivo de todos os tempos, que formou aos 20 anos com o vocalista
Jon Anderson em 1968, em Londres, sua cidade natal. O baixista foi o único
membro do Yes a participar de todos os discos de estúdio, e influenciou uma
geração de músicos. Com o diagnóstico de leucemia, Squire anunciou que não
participaria da turnê prevista para novembro nos Estados Unidos. “Será a primeira vez desde a formação 1968
que o Yes se apresentará sem mim”, afirmou em nota. A página oficial do Yes
afirmou que ele era a “cola que mantinha
o grupo unido por todos estes anos”. Ele tinha 67 anos, e estava em
Phoenix, Arizona, onde passava por um tratamento contra a doença.
13 de
setembro - Gary Richrath, ex-guitarrista da banda de rock REO Speedwagon. Gary
tocou com o REO de 1970 até 1989 e escreveu vários de seus sucessos, como “Take
It On The Run”. Ele lançou um álbum solo chamado “Only The Strong Survive” em
1992 e se reuniu brevemente com REO em 2013 para um show para arrecadar
dinheiro para as famílias afetadas por um tornado que atingiu o Estado de
Illinois.
12 de
novembro – Phil “Animal” Taylor, baterista do lendário grupo de rock Motorhëad,
integrando a sua formação clássica. Tinha 61 anos. Segundo nota, “Animal” já
andava doente há algum tempo, mas não se sabe ainda a causa da morte.
28 de
dezembro – Lemmy Kilmister, lendário vocalista, baixista e compositor da banda
de rock Motorhead, aos 70 anos recém completados no Natal. Lemmy - nome artístico de Ian Fraiser
Kilmister - vinha passando por problemas de saúde desde 2013. Além de
diabetes e gastrite, também usava um marcapasso. Em abril deste ano,
o Motörhead chegou a cancelar sua participação no
festival Monsters of Rock, em São Paulo, momentos antes de acontecer o
show, quando Lemmy passou mal com febre, problemas gástricos, desidratação e
fraqueza. Submetido a exames e inicialmente medicado, teve que cancelar a
apresentação. Lemmy nasceu em 24 de dezembro de 1945 em Stoke-on-Trent, na
Inglaterra. O Motörhead, um power trio formado por Lemmy no baixo e voz, Eddie
Clarke nas guitarras e Phil Taylor na bateria (que morreu em 12 de
novembro), estreou em 1977 com um álbum homônimo, mas foram discos como
"Overkill" (1979) e "Ace of Spades" (1980) que levaram a
banda a se tornar um dos ícones e uma das maiores influências do heavy metal em
todo o mundo. O grupo teve várias formações em suas quase quatro décadas
de atividade, mas sempre com Lemmy à frente, facilmente reconhecível pelas
costeletas, as pintas no rosto e seu inseparável chapéu preto, além de sua
inconfundível voz rouca. A banda lançou 22 álbuns de estúdio e vendeu mais de
30 milhões de discos em todo o planeta. O último deles,
"Bad Magic", saiu em agosto deste ano. A previsão era de que
eles continuassem a turnê até o final de janeiro. O atual baterista, Mikkey Dee, anunciou o fim da banda com a morte de Lemmy..
Escritores e jornalistas:
13 de
abril – Eduardo Galeano, escritor e jornalista uruguaio. Aos 14 anos de idade
vendeu sua primeira charge política. Trabalhou como pintor de letreiros,
datilógrafo e caixa de banco. Iniciou sua carreira de jornalista no final dos
anos 1960, como chefe de redação do semanário “Mancha”. Foi editor do jornal
Época. Em 1971, escreveu sua obra prima “As Veias Abertas da América Latina”.
Em 1973, com o golpe militar no Uruguai, Galeano é preso e se exila na
Argentina, onde lançou ”A Crisis” uma revista sobre cultura. Em 1976, com o
golpe Galeano se exilou na Espanha, e escreveu a trilogia “Memórias do Fogo”.
Em 1985, com a redemocratização do Uruguai, Galeno retornou a Montevideo. Apaixonado
por futebol, também escreveu, entre outras obras, “O livro dos Abraços” (1991),
“Futebol ao Sol e à Sombra” (1995), “De Pernas Pro Ar” (1999) e “Dias e Noites
de Amor e de Guerra” (2001). Faleceu em sua casa, na capital uruguaia; tinha 74
anos e sofria de câncer.
13 de
abril – Günter Grass, escritor alemão, Prêmio Nobel de Literatura em 1999 e
autor de obras como "O tambor" (1959) e "A ratazana" (1986). Grass estudou Artes em Düsseldorf e em Berlim,
e se tornou um dos principais representantes do "teatro do absurdo"
da Alemanha, alternando literatura com escultura e artes gráficas. Provocou um
grande escândalo em 2006 quando revelou que na juventude integrou as SS, tropas
de elite de Hitler. Isto ele publicou no livro "Descascando a
cebola", que faz parte de suas memórias. Após se mudar para Paris em 1956,
ele começou a trabalhar em "O tambor", romance que conta a história
da Alemanha na primeira metade do século 20 através de um menino que se recusa
a crescer. O livro foi atacado por críticos e queimado em Düsseldorf, mas se
tornou best-seller mundial. "O tambor" foi adaptado para o cinema em
1979. Grass ignorou a tradição alemã de manter uma distância intelectual,
insistindo que o dever do escritor era estar na linha de frente do debate moral
e político. Conhecido por suas convicções políticas social-democratas, suscitou
uma polêmica com Israel em 2012 ao publicar um poema em prosa, no qual afirmava
que o Estado hebreu ameaçava a paz mundial ao querer atacar o Irã
preventivamente. Por este motivo, Israel o declarou "persona non
grata". Em janeiro de 2014, Grass anunciou que deixaria de escrever por conta da idade
avançada:"Minha saúde não me permite conceber projetos de cinco ou seis anos,
condição para a pesquisa para um romance". Morreu aos 87 anos, em Lübeck, norte da
Alemanha, mas a causa da morte não foi divulgada.
2 de
agosto – Içami Tiba, psiquiatra, educador e escritor. Filho de imigrantes
japoneses, formou-se em medicina e se especializou em psiquiatria pelo Hospital
de Clínicas, onde foi professor. Suas obras foram referência para pais, filhos,
educadores, psicólogos, psiquiatras e psicopedagogos. Tiba tinha uma visão
considerada moderna e adequada aos dias atuais. Ele foi reconhecido por usar
uma linguagem coloquial e bem humorado, tendo escrito mais de 40 livros sobre
educação, entre eles, “Sexo e Adolescência”, “Saiba Mais sobre Maconha e Jovens”,
“Anjos Caídos - Como Prevenir e Eliminar as Drogas na Vida do Adolescente” e
“Quem Ama, Educa”. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês para tratamento
de um câncer, e tinha 74 anos.
Religiosos:
21 de
fevereiro - David Miranda, líder da Igreja Pentecostal Deus é Amor, fundada por
ele em 1962 e que possui hoje mais de 11 mil templos espalhados pelo Brasil e
mais em 136 países. Ele tinha 79 anos e sofreu um infarto.
10 de
setembro - Eneas Tognini, aos 101 anos de idade. Na década de 1960, foi um dos
líderes do movimento de avivamento espiritual, que deu origem à Convenção
Batista Nacional (CBN). Tognini era filho de imigrantes italianos e nasceu em
Avaré, interior de São Paulo, no dia 20 de abril de 1914. Formado em teologia
pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), ele
esteve à frente das igrejas Batista do Barro Preto, em Belo Horizonte (MG) e
Batista de Perdizes, em São Paulo (SP). Respeitado no meio evangélico, era
influente sobre líderes batistas e de outras denominações, pois sua mensagem
sempre veio acompanhada da pregação dos dons espirituais. Fundou o STEB –
Seminário Teológico Evangélico do Brasil. Conceituado escritor, publicou
dezenas de livros e foi reconhecido pela Academia Evangélica de Letras do
Brasil. Também atuou como presidente da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), e em
2002, foi condecorado com o título de Cidadão Paulistano. Em idade avançada, o
pastor havia sido submetido a uma cirurgia de emergência em março deste ano,
para a retirada de um tumor no intestino. Sua recuperação pós-cirúrgica foi
considerada boa pela equipe médica, que estava otimista e concedeu alta
hospitalar uma semana após o procedimento. Desde então, vinha recebendo
acompanhamento médico regularmente em sua própria casa. A informação sobre a
morte do pastor foi divulgada através de uma nota pelo pastor Jonas Neves de
Souza.
17 de
novembro – Luiz de Carvalho, cantor que marcou a história da música evangélica
no Brasil. Pioneiro no segmento, ele lançou seu primeiro álbum, “Boas Novas”,
em 1958, adotando um estilo próprio que perdurou por décadas. O álbum “Meu
Tributo - A Deus Toda a Glória”, de 1983, vendeu mais de 200 mil cópias, algo
inédito para a época. Nascido em 16 de maio de 1925, em Bauru (SP), Luiz de
Carvalho começou a cantar aos dez anos de idade, com o apoio do pai, até que na
adolescência passou a ser conhecido como o “Menino de Ouro”, assinando
contratos com gravadoras e ganhando notoriedade. Fundador da Gravadora Bom
Pastor, gravou quase uma centena de CD’s e DVD’s, e muitos deles bateram
recordes de vendagem. Aos 90 anos, de parada cardíaca.
Outras figuras:
7 de
janeiro - os cartunistas Jean Cabu e Phillippe Honoré, os editores Wolinski e
Stéphane “Charb” Charbonnier, e o jornalista Bernard “Tignous” Verlhac, todos
funcionários do jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, vítimas de um atentado.
Além deles, outros cinco funcionários e colaboradores foram assassinados, além
de dois policiais e um funcionário da manutenção do prédio do jornal, Frédéric
Boisseau, também foram executados pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi,
supostamente como forma de protesto contra uma série de gozações do jornal que
causaram polêmica no mundo islâmico, recebidas como insultos aos muçulmanos.
Até hoje, muito se discute sobre o excesso do tom satírico do jornal e a
publicação das imagens de Maomé, consideradas ofensivas.
12 de
fevereiro - Tomie Ohtake, artista plástica. Japonesa de nascimento (1913, Kioto),
veio para o Brasil em 1936, aos 23 anos, para visitar um irmão, e acabou
ficando. Foi uma das figuras mais importantes das artes plásticas no Brasil.
Começou a pintar aos 39 anos, e ficou conhecida do grande público com as
grandes esculturas que mudaram a paisagem urbana de São Paulo. Fez mais de 50
exposições individuais e participou de mais de 80 coletivas. Em São Paulo, aos
101 anos, de broncopneumonia.
1º de
abril – Cynthia Powell, ex-Lennon, primeira esposa de John Lennon, com quem se
casou em 1962. Era mãe do cantor Julian Lennon. Divorciada do Beatle em 1966,
tinha 75 anos e sofria de câncer.
12 de
abril – Paulo Brossard, jurista, político e ex-ministro da Justiça e do Supremo
Tribunal Federal. Sua carreira política começou em 1954, quando foi eleito
deputado estadual, sendo reeleito mais duas vezes para o cargo. Foi eleito
ainda deputado federal em 1966 e senador em 1974. Comandou o Ministério da
Justiça de 1986 a 1989 e foi ministro do STF de 1989 a 1994. Em Porto Alegre,
aos 90 anos.
14 de
junho – Olacyr de Moraes, empresário e investidor, conhecido como o “rei da
soja”. Por quase duas décadas, esteve entre os homens mais poderosos do país.
Com patrimônio que chegou a ser estimado em 1,2 bilhão de dólares, era um dos 200
homens mais ricos do planeta. Bon vivant,
era visto sempre na noite em companhia de belas modelos e atrizes. Com 40
empresas, seu império era um dos maiores do Brasil. Seus negócios agropecuários
o tornaram o maior produtor de soja do mundo. A partir da década de 1970,
Olacyr passou a investir em outros projetos, com destaque para a Ferronorte,
ferrovia de 5200 km que iria de Mato Grosso a Santos e seria o principal canal
de escoamento da produção de grãos da região, mas depois de levar sucessivos
calotes de governos estaduais e prefeituras, acabou se afundando em dívidas. Para
pagar as contas, Olacyr passou os últimos anos vendendo fazendas, usinas e
imóveis. Aos 84 anos, sucumbiu a um câncer no pâncreas.
21 de
julho – Luiz Paulo Conde, arquiteto e político. Como arquiteto, trabalhou no
desenvolvimento do projeto do Museu de Arte Moderna do Rio (MAM) e foi um dos
criadores do campus do Maracanã da Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(Uerj). Foi por duas vezes presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil. No
Governo de Carlos Lacerda, tocou projetos de escolas e centros poliesportivos. Ganhador
de vários prêmios internacionais, ingressou na vida pública somente aos 60 anos
de idade, ao assumir a Secretaria Municipal de Urbanismo do Rio de Janeiro (1993-1997)
com a missão de tocar o ousado projeto do Rio Cidade, com diversas intervenções
nas vias mais importantes da cidade. Apesar de simpático ao PCB, filiou-se ao
Partido Frente Liberal (PFL) e foi eleito prefeito do Rio entre 1997 e 2000,
quando concluiu diversas obras viárias. Antes de assumir a prefeitura, se
envolveu em uma enorme polêmica: foi expulso sob vaias de um show da banda punk
Ratos de Porão, onde teria ido para comemorar a vitória nas eleições. Três dias
depois, o prefeito Cesar Maia cassou o alvará de funcionamento do local. Há
muitos anos Conde já sonhava tornar o Rio sede dos Jogos Olímpicos de 2004, e chegou a ser representante no conselho
que buscava a vitória da cidade para sediar o evento. Ocupou cargos na
administração estadual e em 2007, assumiu a presidência da Furnas. Em 2012,
teve os seus direitos políticos suspensos por cinco anos acusado de improbidade
administrativa. Aos 80 anos, sofria de câncer na próstata.
26 de
julho - Bobbi Kristina Brown, filha da falecida cantora e atriz Whitney Houston.
Ela estava internada desde 31 de janeiro, após ser encontrada inconsciente
na banheira de sua casa. Desde então, Bobbi esteve em coma e chegou a ser
desenganada pelos médicos, levando sua família a cogitar o desligamentos dos
aparelhos que a mantinham com vida. Teve falência múltipla de órgãos, segundo
comunicados oficiais.
1º de
agosto – Orlando Orfei, empresário circense, domador, pintor, escritor, dublê
de cinema e ator, fundador do tradicional circo que leva o seu nome. Nascido em
1920, na Itália, Orlando Orfei estava no Brasil desde o fim da década de 1960. Começou
a se apresentar como palhaço aos 6 anos. Ainda jovem abriu o próprio circo. Foi
responsável por várias inovações como substituir a propaganda em folhetos por outdoors, trocar as pesadas e perigosas
lonas de algodão por plástico e criar um sistema para aquecer os circos durante
o inverno europeu. Foi equilibrista, malabarista e mágico antes de assumir o
papel definitivo de domador, quando procurou dar humor ao ofício, marcado pela
crueldade. Sentava nos leões, simulava fazer a barba com o rabo de um, deitava
ao lado de outro, conversava com os animais. Conheceu o Brasil no fim dos anos
1960 e decidiu se estabelecer aqui. Em 1972 fundou o Tivoli Park, que foi um
dos mais famosos parques de diversão do país. Aos 95 anos, em Duque de Caxias
(Baixada Fluminense), por causa de uma pneumonia.
14 de
setembro - Clóvis Acosta Fernandes, o “Gaúcho da Copa”, torcedor-símbolo da
seleção brasileira. Sempre que aparecia nos estádios com seu bigode e trajes
típicos, ostentava a taça da Copa do Mundo nas mãos. Clóvis começou seu projeto
de seguir a seleção brasileira na Copa de 1990, na Itália. Ele acompanhou 162
jogos da seleção e ficou ainda mais famoso em 2002, no pentacampeonato na
Coreia do Sul e Japão. Doente de câncer desde 2004, faleceu aos 60 anos.
Atletas e esportistas:
14 de
junho – Zito, José Ely de Miranda, bicampeão mundial com a Seleção Brasileira e
também com o Santos. Zito era um volante que fazia o "trabalho sujo"
para os outros craques do time, como Pelé, Pepe e Coutinho, poderem brilhar.
Também ajudava na saída de jogo e aparecia na área para concluir, sendo um dos
primeiros volantes com essa capacidade. Era conhecido como o
"General" por sempre dar orientações e até broncas nos principais
astros do time. Ele participou de três Copas do Mundo (1958, 1962 e 1966) e
venceu duas, com um gol decisivo na final de uma delas. Nas primeira, começou
como reserva. Na Copa seguinte, o Brasil empatava por 1 a 1 até os 24min do
segundo tempo da final contra a Tchecoslováquia, quando Zito fez gol que abriu
caminho para vitória por 3 a 1 e o bicampeonato. Mas em 1966, não conseguiu se
destacar no fracasso que foi a participação da Seleção Brasileira na Copa. O
time foi eliminado ainda na fase de grupos. Ao contrário do que se esperava,
Zito não quis se tornar técnico quando parou de jogar em 1967. Tornou-se
coordenador das categorias de base do Santos e é apontado como um dos
responsáveis pela revelação das gerações de Robinho e Neymar. Nos últimos anos,
afastou-se do futebol. Tinha 82 anos, e a causa da morte não foi revelada.
22 de
junho – Carlinhos “Violino”, Luiz Carlos Nunes da Silva, jogador e técnico do
Flamengo. Apelidado de Violino por causa de sua voz aguda, conquistou vários
títulos desde os anos 1960, como jogador, e depois nas décadas de 1980 e 1990,
como treinador, sendo considerado um dos maiores treinadores da história do
Flamengo. De técnica refinada, foi premiado por nunca ter sido expulso de
campo. Não resistiu a uma insuficiência cardíaca e faleceu aos 77 anos.
16 de
julho – Alcides Ghiggia, o homem que fez milhões de brasileiros chorarem por
anos e anos. Ponta direita da seleção uruguaia, foi ele quem anotou o gol
da vitória de seu país sobre o Brasil na final da Copa de 1950, no Maracanã.
Ghiggia era o último jogador vivo a ter entrado em campo no
confronto que deu o bicampeonato mundial à seleção uruguaia. Aos 88
anos, vítima de um ataque cardíaco, Ghiggia morreu no mesmo dia em que seu
maior feito ocorreu, 65 anos atrás.
Este longo obituário podia
ser maior ainda. Estima-se que, atualmente, morrem mais de 50
milhões de pessoas por ano, em todo o mundo.
Isto nos
faz parar para pensar.
Onde
estaremos daqui a um ano?
Será que
vamos fazer parte dessa longa lista de desaparecidos?
E se
sim, será que deixaremos saudade? As pessoas sentirão falta de nós? Chorarão
nossa perda?
E, caso
não estejamos mais aqui, onde estaremos?
Vivendo
uma nova, eterna e melhor vida ao lado de Jesus – como ele prometeu ao ladrão
na cruz, “ainda
hoje estarás comigo no paraíso”? Ou estaremos numa terrível
expectativa de um julgamento do qual não sairemos com veredito favorável?
Quantos desses mais de 5o milhões descansam em paz hoje? Quantos já sentem o
calor e o cheiro de enxofre?
É para
pensar. Pensar e agir, enquanto ainda temos o fôlego da vida e oportunidade
para escolher onde queremos passar a Eternidade.
675,800
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