Terça, 13 de outubro de 2015 - Quando a Rússia
decidiu entrar de vez na guerra contra os jihadistas do Estado Islâmico, Israel
logo se preocupou. O premiê Benjamin Netanyahu viajou às pressas a Moscou para
certificar-se das intenções. Contudo, os voos da força aérea russa sobre as
colinas de Golã, na fronteira de Israel com a Síria, tem deixado os líderes
israelenses preocupados. Afinal, a Rússia invadiu também o espaço aéreo da
Turquia e causou um grande incidente diplomático.
Além disso, os EUA, maior aliado de Israel, afirmam
que as atividades russas na região são “invasivas”. Especialistas ocidentais
não vêem como Israel pode impedir que a Rússia forneça cobertura aérea para as
forças sírias e do Hezbollah, aliado ao governo do Líbano. Especialmente,
porque já foi comunicada a existência de soldados iranianos envolvidos no
combate.
Forças leais ao governo da Síria, junto com o
Hezbollah e as forças iranianas, lançaram uma ofensiva terrestre com cobertura
aérea russa contra os rebeldes sírios na região de Hama. Em abril, o presidente
russo Vladimir Putin fez ameaças veladas a Israel por
causa da venda de armamentos à Ucrânia, em combate praticamente permanente com
as forças russas. E o comandante russo, general Nikolay Bogdanovsky não fez
segredo da intenção de Moscou de usar o seu poder aéreo contra alvos rebeldes
em batalhas que ocorrem perto da fronteira israelense.
Para o governo sírio, as Colinas de Golã, que foram
retomadas por Israel na Guerra de 1967, é um “território ocupado”. Ou seja,
eles reconhecem a soberania israelense sobre a região e poderiam aproveitar a
ocasião para tentar retomar seu controle. Outro fato que chama atenção e renova
o interesse pelas Colinas é a divulgação recente da descoberta de uma grande
quantidade de petróleo no local.
De acordo
com o site Debka, Israel está preparado para esse cenário de guerra.
Há rumores que uma nova investida sírio-libanesa-russa-iraniana está programada
para começar na área de Quneitra, em frente ao Golã israelense. A junção desses
exércitos não tem paralelo na história e remete ao possível cumprimento de
profecias. Dois meses atrás, o governo iraniano divulgou um vídeo
falando de seus planos de invadir Israel numa
coalizão de forças com seus aliados. (fonte)
Comentário – Voltei. E
para comentar que, como já falamos antes, aqui,
aqui
e aqui,
etc., Israel será alvo, muito em breve,
de uma invasão protagonizada por uma coalizão de nações hostis. A Bíblia já
havia anunciado essa guerra há 2500 anos, no livro do profeta Ezequiel. Lá
podemos ler que um grande e poderoso inimigo virá do Norte, armado até os
dentes, de braços dados com países que hoje identificamos como nações
predominantemente islâmicas – isto é, inimigos de Israel. Interessante é que os
Estados Unidos, tidos como amigos de Israel e uma “nação cristã”, é quem mais
contribuiu para esse estado de coisas.
Os americanos apoiaram os guerrilheiros mujaheddin no Afeganistão, nos
anos 1970 e 1980, em sua rebelião contra os russos. Por meio desse treinamento
e do armamento, transformaram-se mais tarde no Taleban e na Al Qaeda. No
Iraque, americanos igualmente armaram e treinaram Saddam Hussein contra o
maligno Irã, e o resultado vemos todo dia no noticiário. Um país em frangalhos
que propiciou o surgimento do Exército Islâmico, talvez a pior facção
terrorista de todos os tempos. E agora, na Sìria, americanos mais uma vez armam
os rebeldes, para tentar derrubar o ditador Assad. Só que essas armas em
questão de dias estão indo para as mãos do ISIS...
Então vêm os russos e em poucos dias fazem o que a OTAN e os Estados
Unidos não fizeram em muitos meses. Os russos são bonzinhos? Não, eles estão
ajudando seu amigo Assad. Que se ficar mais forte, é ruim para Israel, já que
ao seu lado está o Hezbollah. Quem não sabe o que é o Hezbollah, procure saber
o que houve Olimpiadas de Munique em 1972.
Em resumo, os americanos contribuíram decisivamente para o ressurgimento
da Russia como potencia mundial, depois da derrocada da União Soviética, dando
a ela o papel de protagonista na geopolítica mundial. Com os russos tão
próximos do centro do mundo – o Oriente Médio - podemos adiantar bem o relógio
da profecia.
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