Depois das “contradições bíblicas”, e dos “Mitos SOBRE aBíblia”, agora as “contradições científicas”, ou “quando a ciência se engana”.
E porque a ciência se enganaria? Nem sempre ela se enganou, dirão alguns.
De fato, ela tem acertado inúmeras vezes. Não é possível viver “sem a ciência”,
evidentemente, senão estaríamos ainda numa idade de barbárie. A ciência
possibilitou inúmeras descobertas, e as tecnologias decorrentes proporcionaram
avanços consideráveis em todas as áreas - menos uma. Quando as ciências - ou
melhor, alguns cientistas - acham que já sabem o suficiente para tentar
explicar Deus (ou na maioria dos casos, a inexistência de Deus), é que a coisa
desanda. Alguns cientistas, de ramos tão diversos como as ciências biológicas,
as exatas e as sociais, fazem de suas vidas uma cruzada para desmentir o que a
Bíblia nos ensina: que no princípio, Deus criou a Terra e todas as coisas, o
universo e tudo que nele há.
Este post vai nesse sentido: se a ciência errou, como pode se
arvorar em verdade mais absoluta do que a Palavra do Deus Vivo? Todos são
unânimes em concordar num ponto: na ciência, o que é verdade hoje, amanhã pode
não ser. A Bíblia não. Vários de seus escritores, separados por mais de 1600
anos, milhares de quilômetros e por culturas das mais diversas, homens e
mulheres das mais diversas categorias sociais, repetem à uma, de Gênesis a
Apocalipse: a Palavra de Deus é imutável. Ela é a mesma, ontem, hoje, e
eternamente. Escribas ao longo dos séculos a têm preservado com exatidão digna
de um avançado computador: não se muda uma vírgula, “um jota ou um til”. Já a
ciência, não. Mais uma vez, apesar de muitos avanços, ela vai de marcha e
contra-marcha. Até uma hipótese ser comprovada, experimentada e se transformar
em uma lei, vai um tempão.
Primeiramente, acho que é preciso delimitar ou definir o que é
“ciência”. Lakatos & Marconi definem como “um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos
metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de
mesma natureza” (Metodologia Científica, p. 19). Há outras definições,
todas muito próximas desta. Portanto, há coisas que podem ser verificadas, medidas
e provadas por meio da ciência; outras, não. Mas mesmo no âmbito dessas coisas
“prováveis”, “verificáveis”, a ciência tem tropeçado. Não entro aqui no mérito
de bobagens como dizer que a Bíblia possui discordâncias, erros de tradução,
propaga certas
idéias homofóbicas e/ou misóginas, etc; isso tudo já discuti antes. Vamos
ficar, por ora, no âmbito das “contradições científicas”, que poderíamos
intitular como “quando a ciência se enganou”, apesar de todo o caráter
investigativo de que a pesquisa científica se reveste. Então, veja aqui alguns
exemplos hilários de como “a ciência errou”.
Uma das maiores, senão a maior, seguramente uma das top-five, é a dos canais marcianos.
Durante décadas a comunidade científica acreditou piamente na existência de
civilizações avançadas em Marte, por conta de um erro relativamente simples, de
tradução.

Esta observação tornou-se célebre e a palavra
italiana canali foi traduzida para o inglês canals
que, ao contrário do vocábulo italiano, sugeria artificialidade. Isto bastou
para criar grande frenesi, pois parecia indicar a existência de vida no planeta
vizinho. Bastava olhar por um telescópio e lá estavam as áreas escuras e
claras. Ninguém desconfiou da circunstância de não haver dois mapas idênticos
ou de ser difícil obter fotografias suficientemente nítidas.
A observação de Schiaparelli foi popularizada
por um matemático e astrônomo americano, o milionário Percival Lowell. Onde
Schiaparelli vira depressões que podiam ser vales alongados, Lowell encontrou
um sistema de irrigação, produzido por uma civilização cuja míngua de água a tinha
levado a extremos de engenho.
Lowell era influente e escrevia
com estilo. Ele descreveu com detalhe aspectos “não-naturais” na superfície de
Marte, como canais artificiais levando água dos pólos para o equador (pois o fluxo não podia ser explicado pela gravidade), linhas de vegetação, algumas duplas, e oásis (as zonas escuras entre os canais), tudo sugerindo inteligência superior. Essas teses foram discutidas pela imprensa e
entraram rapidamente no imaginário popular. Entre 1895 e 1908, Lowell escreveu
três livros sobre as características artificiais
dos canais marcianos e construiu um telescópio que era então o mais
sofisticado do mundo (na realidade, foi o primeiro edificado a grande
altitude), no Arizona. Foram feitos mapas detalhados da civilização marciana e
especulou-se furiosamente sobre a engenharia alienígena. Concluiu-se que era uma forma de vidapacífica, pois os povos setentrionais e equatoriais estavam a cooperar para o mesmo fim, para evitar o declínio do planeta.
Schiaparelli faleceu em 1910 e Lowell em 1916, antes
de surgir a explicação da ilusão de ótica. Na realidade, os astrônomos eram
enganados pela sua própria visão, pois os seres humanos têm tendência para
formar padrões onde estes não existem. Não havia canais, mas uma superfície
irregular que a imprecisão dos telescópios, as deformações atmosféricas e a má
visão humana transformavam num imaginário sistema de irrigação. Também havia
entusiasmo em excesso e alguns autores estavam apenas a encontrar os seus
desejos. A ideia de Lowell sobre os canais em Marte só foi totalmente rejeitada
na década de 1960, quando sondas americanos e russas mostraram a verdadeira
face do planeta. Vejam como uma “verdade” científica se revelou um erro
grotesco, perdurou por muitos anos e então tudo mudou. Agora a verdade é outra.

Outra crença que conquistou inúmeros cientistas foi inegavelmente uma
fraude deliberada, conhecida como “a
farsa do tiranossauro”. De maior
predador da face da Terra, o tiranossauro foi rebaixado recentemente à
categoria de carniceiro pelos estudos de diversos paleontólogos. Para piorar
sua reputação, pesquisas nos arquivos do Museu de História Natural americano
mostram que o anúncio de sua descoberta, em 1905, foi um grande golpe de
marketing. Henry



Há ainda outras fraudes e enganos, em que muita gente - inclusive da
“comunidade científica” - caiu como um patinho. Apesar disso, se acham bastante
espertos para achar erros e contradições na Bíblia.
Continua.
617.820
617.820