Parece
que algumas pessoas se especializaram em procurar desmentir a Bíblia. A certa
altura da história, principalmente durante o período conhecido como
“iluminismo” isso foi um esporte mundial. Se bem que esse termo, “iluminismo”,
tenha, em certo aspecto, lançado de fato muitas trevas sobre a humanidade,
errou e induziu ao erro muita gente, ao pensar certo e agir errado.
Explico. A Europa vinha desde o Renascimento saindo da
Idade Média (assim chamada porque ficava bem no meio entre a idade “antiga” e a
então chamada “idade moderna”). O Renascimento foi um “ressurgimento” das artes
e das ciências, como se no período medieval não existisse arte nem ciência...
vejam que as definições já começam equivocadas. Mas prossigamos. Os homens
redescobriram que eram capazes de grandes feitos. Então era até certo ponto
lógico que procurassem destruir tudo o que imaginavam lhes prender ao
obscurantismo e à superstição, incluindo, nessa concepção, os mitos, lendas e
religiões.
Até aí tudo bem. O problema é que confundiram a religião
predominante nessa parte do mundo, o catolicismo, com a própria Bíblia em si.
Pensadores como Voltaire e os enciclopedistas caíram nesse erro grotesco, e nem
mesmo verificaram que o ensino do catolicismo, grosso modo, estava muito distante das doutrinas centrais do
Cristianismo primitivo, que alguns de vocês já puderam verificar nestas
humildes páginas. Voltaire chegou a escrever um certo “Dicionário Filosófico”,
no qual desanca a autoridade da Bíblia e a ridiculariza com argumentos no
mínimo questionáveis, com uma falta de honestidade e de critérios que ainda
hoje ecoa na voz dos auto-denominados céticos.
Posso citar aqui muitos deles, alguns conhecidos, como Carl Sagan,
Bertrand Russell e Richard Dawkins e o brasileiro Marcelo Gleiser, que no alto
de seus altares repetem como papagaios amestrados as falácias de 250 anos
atrás, sem serem incomodados. E o mais espantoso é que os defensores dessa
crítica escondem falhas gritantes cometidas em nome da ciência, algumas
claramente intencionais. E não admitem seus erros.
Por exemplo, o “Megalossauro bucklandii”, nome científico dado a uma espécie de
dinossauro, registrado ainda em 1824 - apesar de o termo “dinossauro” ter sido
cunhado décadas mais tarde. Ele foi identificado a partir dos fósseis de uma
mandíbula, alguns dentes e um osso do quadril encontrados por William Buckland.
Como se sabia pouco sobre os dinossauros no século XIX, imaginava-se que o
Megalossauro era, como adianta seu nome, um “grande lagarto” que rastejava
sobre quatro patas (ilustração principal). Na verdade, o dinossauro era um
bípede carnívoro que media 8
metros e tinha grandes e afiadas garras nas patas
dianteiras e pescoço curto. Ninguém veio a público dar a cara a tapa: “erramos,
não era nada disso”...
Os círculos nas plantações: Sempre que um
misterioso círculo aparecia em grandes campos na Grã-Bretanha, os entusiastas
da vida extra-terrestre em todo o país iam à loucura. Com pretensões de serem
mensagens alienígenas, o fato era amplamente divulgado, até que em 1991 dois
homens apareceram e explicaram: tudo não passava de uma fraude criada por eles.
Usando nada mais do que pranchas de madeira, cordas e fios como ferramentas,
era uma brincadeira perfeita para levar as pessoas a falar sobre o
desconhecido.
O filme da “autópsia do alien” foi uma das mais
descaradas e relativamente bem-sucedidas fraudes de todos os tempos. Em 1995 o
produtor de cinema Ray Santilli apresentou alguns minutos de uma filmagem
misteriosa, em preto e branco, alegadamente um documentário que pretendia
mostrar um alienígena morto (supostamente do acidente de Roswell de 1947)
submetido a uma autópsia. Saudado por muitos na comunidade ufológica como
autêntico, uma série de discrepâncias logo veio à luz (alguns deles
apontadas por especialistas forenses bem informados sobre os procedimentos de
autópsia). Desde então, o filme foi totalmente desacreditado.
Mulher que deu à luz coelhos: No século XVIII uma
mulher abalou o mundo científico. Mary Toft afirmou ter dado à luz vários
coelhos, e muitas pessoas, incluindo cientistas, acreditaram nela. Mas depois
de um tempo, sua farsa foi revelada e trouxe grande constrangimento a todos
aqueles na comunidade médica que tinham acreditado que isso era mesmo possível.
A Sereia de Fiji: A descoberta da sereia das ilhas Fiji abalou o
mundo. O achado foi tido como os restos fossilizados de uma sereia que causou
alvoroço. No entanto, foi provado ser uma fraude quando se descobriu ser uma
montagem da cabeça e costelas de um macaco com um rabo de peixe, juntados para adquirir
a aparência convincente de uma sereia.
As mariposas salpicadas: entre 1850 e 1950, na
Inglaterra, as mariposas salpicadas da espécie “Biston betularia” tornaram-se
mais escuras. No início do século 19, eram clarinhas. Com o tempo, foram
ficando negras, com manchas brancas. A explicação foi dada pelo biólogo Bernard
Kettlewell: um expediente evolucionário de proteção por mimetismo. Na
Inglaterra poluída do século 19, os troncos das árvores ficavam enegrecidos
pela fuligem do carvão das chaminés. As mariposas, escurecidas, ficavam
camufladas e não eram vistas pelas aves predadoras. Em 1955, ele soltou
mariposas brancas e negras junto a troncos de árvores em florestas. Como
previsto, os pássaros se alimentaram mais dos insetos brancos nas regiões
poluídas e dos negros nas regiões “limpas”. As mariposas que se deram mal eram
as que se destacavam mais no ambiente. Em 1980, porém, um detalhe que passou
despercebido finalmente saltou aos olhos dos pesquisadores: mariposas não vivem
em troncos de árvores. A pesquisa era fajuta desde o ponto de partida.
Embriões falsos: o engodo torna-se mais difícil de detectar quando o perpetrador é um figurão, como o alemão Ernst von Haeckel. Naturalista renomado e criador do termo “ecologia”, Haeckel foi autor, em 1874, de uma série de desenhos de embriões de vertebrados - peixes, galinhas, seres humanos - que mostravam similaridades marcantes em seus primeiros estágios (reprodução ao lado). Segundo ele, seria a prova de um ancestral comum, ponto essencial à teoria da evolução de Darwin. Mas os desenhos estavam errados: não havia esse estágio inicial. No entanto, a descoberta de que não havia essa “similaridade
inicial” – em 1997 pelo embriologista inglês Michael Richardson - foi tardia: por mais de um século os desenhos serviram de base aos manuais de biologia. Veja ao lado os desenhos mais atuais de Richardson, de acordo com a realidade objetiva - os embriões de diferentes espécies, de fato, são bem mais diferentes entre si do que reza a lenda evolucionista. Leia mais aqui.
Embriões falsos: o engodo torna-se mais difícil de detectar quando o perpetrador é um figurão, como o alemão Ernst von Haeckel. Naturalista renomado e criador do termo “ecologia”, Haeckel foi autor, em 1874, de uma série de desenhos de embriões de vertebrados - peixes, galinhas, seres humanos - que mostravam similaridades marcantes em seus primeiros estágios (reprodução ao lado). Segundo ele, seria a prova de um ancestral comum, ponto essencial à teoria da evolução de Darwin. Mas os desenhos estavam errados: não havia esse estágio inicial. No entanto, a descoberta de que não havia essa “similaridade
inicial” – em 1997 pelo embriologista inglês Michael Richardson - foi tardia: por mais de um século os desenhos serviram de base aos manuais de biologia. Veja ao lado os desenhos mais atuais de Richardson, de acordo com a realidade objetiva - os embriões de diferentes espécies, de fato, são bem mais diferentes entre si do que reza a lenda evolucionista. Leia mais aqui.
Tem também a esquisitíssima estrela recém-descoberta,
que seria mais velha - pasmem os senhores - que o próprio universo. Segundo
estimativas, ela teria cerca de 13 bilhões de anos, isto é, é anterior ao “Big
Bang”! Essa nem Stephen Hawking consegue explicar, e as cinzas de Carl Sagan devem estar
tentando se reagrupar para inventar uma nova teoria. Talvez Richard Dawkins saia com
mais uma piadinha para poder escorregar como um espaguete voador. Você pode ver
essa bizarra descoberta neste
link, para ver se estou inventando algo. E aí, como fica o dogma de que a primeiríssimo evento foi a fagulha primordial de que se originou tudo em um pentelhésimo de segundo? Quem se atreve a questionar a santa inquisição da comunidade científica?
Há algum tempo, foram descobertos traços de tabaco e
cocaína em múmias do Egito. Levantou-se logo a polêmica de que esses vícios já
existiam na antiguidade, procurou-se traçar a rota das folhas do tabaco e da
coca até Tebas e supostos métodos de refino do pó no calor do Saara... Aí
alguém lembrou que, no início do século XX, quando as múmias foram para a
Europa, os examinadores costumavam fumar sem a menor cerimônia em cima das
relíquias enfaixadas, e que era comum o consumo de cocaína pelos bacanas da belle epoque em salões onde as múmias
ficavam expostas. Um vacilo geral da intelligentsia.
O celacanto: Acreditava-se que esse estranho peixe tinha se
extinguido há 300 milhões de anos (algumas fontes dizem 70 milhões), sendo
portanto, contemporâneo dos grandes dinossauros. Especulava-se que ele seria o
parente vivo mais próximo do peixe ancestral que deu origem à linhagem dos
tetrápodes, animais de quatro membros (incluindo nós) que saíram da água e
conquistaram a terra milhões de anos atrás - tudo isso segundo a cronologia e a
mitoideologia evolucionista. Até que em 1938 foi encontrado um celacanto nadando
nas praias africanas! Passou então a ser chamado de “fóssil vivo”, tendo sido
encontradas centenas de exemplares entre o continente africano e Madagascar, bem
como perto da costa da Indonésia e Filipinas (veja este video).
Ninguém ainda explicou como ele não evoluiu nada em 300 (ou 70) milhões de
anos, mas já se sabe que ele é muito mais próximo dos seus fósseis análogos do
que os humanos atuais dos supostos hominídeos (veja
mais aqui).
Essas mancadas homéricas desqualificam todos os
cientistas? Obviamente que não. Como falei antes, o que é verdade hoje, amanhã
pode já não ser. Durante um tempo, acreditou-se piamente que tais aberrações
fossem o supra-sumo da verdade. O grande problema é durante o “hoje”, quando
todos acreditam numa suposição ainda não comprovada, e quando chega o “amanhã”,
descobrem que não, não era nada disso, ficam todos com cara de tacho e passemos
adiante.
Mas mesmo assim insistem em tentar desqualificar a Bíblia como
Palavra imutável de um Deus imutável. Continuamos depois que por ora está muito
comprido. Tem mais.
621.850
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