
Vamos por partes.
A priori, devemos sim orar pelo Sergio Moro. Não porque ele é
alegadamente um paladino da ética, da moral e da probidade, um herói na luta
contra a corrupção. Isso não significa muita coisa, porque antes dele inúmeros
outros personagens assumiram essa fantasia e logo foram desmascarados. Eduardo Cunha, Demóstenes Torres, o “japonês da federal”. Todos se
arvoraram em “xerifes” e depois foram pegos com a boca na botija (ou com a mão
no bolso dos outros, se preferirem). Todos apoiadíssimos pelos evangélicos
e/ou/mais os conservadores. OK, gosto é gosto. Teve também Joaquim Barbosa, que
até onde se saiba teve contra si o envolvimento no caso Panama Papers,
envolvendo compra de imóveis em Miami pelo valor simbólico de US$ 1,
prontamente esquecido pela grande mídia e pelos admiradores. Sigamos adiante.
Devemos orar por Sergio Moro por um simples e único motivo. A Bíblia nos
manda orar pelas autoridades constituídas. Ele é uma autoridade (ou pelo menos foi). Devemos orar
por ele. Ele é um juiz, um magistrado, uma pessoa designada para administrar a
Justiça. Ou era.
O que é Justiça?
Buscando uma definição rápida e simples (se fosse possível) acha-se na
Wikipedia (mas pode ser em qualquer dicionário ou enciclopédia) que trata-se de
“um conceito abstrato que se
refere a um estado ideal de interação social em que há um equilíbrio, que por si só, deve ser razoável e imparcial entre os interesses, riquezas e
oportunidades entre as pessoas envolvidas.

Na Roma Antiga, a justiça era
representada por uma estátua, com olhos vendados, visa seus valores máximos
onde "todos são iguais perante a
lei" e "todos têm
iguais garantias legais", ou ainda, "todos têm direitos iguais". A justiça deve buscar a igualdade entre os cidadãos”.
Poderíamos questionar se Sergio Moro segue à risca esses preceitos, mas
fica a seu critério analisar.
Sabemos que Deus ama a justiça. A Bíblia fala diversas vezes sobre o
como a justiça dos homens deve ser perfeita, e como Deus abomina o juiz
injusto.
Em I Reis 3:9, Salomão pede a Deus um coração reto e puro, para julgar o
povo com sabedoria.
Provérbios 31:9 aconselha ao rei que julgue retamente o direito das
pessoas.
Em Lucas 18, Jesus fala sobre um juiz “injusto”, que decidiu a favor de
uma viúva não com base na lei ou na justiça, mas apenas para deixar de ser
importunado.
Apocalipse diz que quando Ele regressar julgará o mundo “com justiça”
(19:11).


Mas devemos orar não apenas por Sergio Moro, mas também orar por TODA
autoridade que estiver exercendo essa autoridade, não importa a sua cor
partidária, ou se gostamos de sua autoridade ou não.
Para que, no final, “o efeito da justiça seja paz,
e a operação da justiça, repouso e segurança para sempre” (Isaías 32:17). Porque “quando os justos governam,
alegram-se o povo; mais quando o ímpio domina, o povo geme” (Provérbios 29:2, outro versículo que é alternadamente exibido e
esquecido, dependendo de quem está no poder no momento).
O que mais se ouve atualmente, é o povo gemendo. Sinal de que...
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