segunda-feira, 4 de julho de 2011

A volta de Jesus é...

O pastor Ricardo Gondim afirmou não crer no retorno físico de Jesus a esta Terra. Disse que o arrebatamento é uma falácia, e que a segunda vinda de Jesus é uma utopia, isto é, um sonho ou uma quimera, que nunca vai se realizar a não ser no plano metafísico ou idealista. Seria apenas um mito que nos impulsionaria a uma vida melhor.

Não sei o que o levou a pensar dessa forma – parece que se esqueceu das mais de cem passagens que afirmam, com todas as letras, que Jesus de fato vai voltar. Não sabemos quando, nem temos autorização para calcular a data, mas sabemos que vai acontecer.Senão vejamos.
O próprio Senhor Jesus disse: “Ouvistes que eu vos disse: Vou, e voltarei a vós” (João 14:28), no contexto da sua partida. Ele afirmou que iria preparar um lugar para nós, para que onde Ele estiver nós estejamos também. Isso quer dizer que Ele voltará para nos levar àquele lugar que Ele mesmo preparou. Isso é um mito?
Quando Ele partiu, os discípulos ficaram olhando para o alto, até que apareceram anjos que os consolaram, dizendo “Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:11). Ou seja, assim como Ele subiu aos céus, assim retornará. Isso é uma utopia?
Ele mesmo afirmou que retornaria, e que devemos olhar para o alto. Em Mateus 24:27 Ele diz: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem”. Será que Ele estava brincando?
Paulo, a quem o próprio Senhor Jesus apareceu, escreveu que “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor” (I Tessalonicenses 4:16-17). Seria isso uma fábula?
O apóstolo João disse que um dos sete anjos, um dos que tinham as sete últimas pragas, lhe mostrou a Cidade Santa, e depois lhe disse: “Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer” (Apocalipse 22:6). Também escreveu que viu “... o Cordeiro em pé sobre o Monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que traziam na fronte escrito o nome dele e o nome de seu Pai”. (Apocalipse 14:1). Como pode o Cordeiro ficar em pé sobre o Monte Sião se Seu retorno é uma utopia?
Aliás, os profetas do Velho Testamento também viram esse dia, embora sem terem a noção completa do quadro. Zacarias 14:3, com praticamente as mesmas palavras de João, diz que “Então o Senhor sairá, e pelejará contra estas nações, como quando peleja no dia da batalha. Naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente”. Estaria Zacarias enganado? Isto seria apenas uma alegoria?
Esses que dizem que a vinda de Jesus é apenas uma utopia estão na verdade vestindo uma velha heresia com roupas novas. Nos dias dos apóstolos, surgiu uma turma que dizia a mesma coisa. Pedro escreveu sobre eles, dizendo: “Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores com zombaria andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação” (II Pedro 3:3-4).
É isso que vemos hoje, ou não? Os caras inventam todo um arrazoado para justificar o que eles entendem como “demora” do Senhor em retornar; então, deduzem, é tudo mito. O escritor de Hebreus também alerta para que não percamos a esperança: “Não lanceis fora, pois, a vossa confiança, que tem uma grande recompensa. Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Pois ainda em bem pouco tempo aquele que há de vir virá, e não tardará” (Hebreus 10:35-37).
Fiquemos alertas contra os picaretas da fé, como o apóstolo Pedro avisou: “Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (II Pedro 2:1).
Sabe, eu mesmo ando desiludido com muita coisa que grassa por aí. É tanta bobagem, tanta perda de tempo, tanto dinheiro gasto com besteira, tanta heresia, que dá até pra desanimar mesmo. E até comigo mesmo, para ser sincero. Piso na bola mais do que eu mesmo gostaria de admitir. Mas daí a perder a esperança da volta de Jesus à terra, para vir nos buscar e nos tirar desse mundo corrupto, corruptível e corruptor, aí já é demais.Porque aí já não faria mais sentido levar a vida tentando ser bonzinho ou tentando melhorar o mundo, tendo o “mito” da segunda vinda apenas como fator de motivação.
Não.
Pois, como disse Paulo, aí seríamos os mais miseráveis dentre os homens.
A primeira vinda ainda era uma promessa, mas muitos em Israel esperavam ardentemente pelo Messias. Ana e Simeão são apenas dois exemplos (Lucas cap. 2). Da mesma forma, esperamos o dia em que o Filho do Homem vai se manifestar novamente. Deixar de esperar esse dia é ser como as virgens tolas, que cansaram de esperar o Noivo e ficaram de fora das núpcias (Mateus 25:1-13). Dizer que a volta de Jesus é uma utopia é desistir do casamento!
A segunda vinda de Jesus não é um mito, mas é uma realidade. É por isso que dizemos: Maranatha!
Não é à toa que a revelação bíblica termina com essa palavra, e com uma promessa do próprio Senhor Jesus, e não com uma utopia: “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Senhor Jesus” (Apocalipse 22:20).
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