Sim, isso mesmo. Sou candidato a vereador nas próximas eleições. Percebo que há coisas que precisam mudar, então resolvi fazer a minha parte. Para quem não sabe quem sou, pois realmente sou pouco conhecido, enumero abaixo as minhas propostas.
“Sou a favor do regime de exceção. Acho que o erro da ditadura foi matar pouca gente, deveria ter matado pelo menos uns 30 mil, a começar com o Fernando Henrique Cardoso. Meu negócio é matar. Aliás, sou favorável à tortura, vocês já sabem disso”.
Em relação às mulheres, defendo que elas “devem ganhar menos que os homens, porque engravidam. As mulheres nascem quando o homem dá uma fraquejada. E não me venham com mimimi, porque há muito vitimismo no tocante a essa qüestão. Inclusive só não estuprei uma colega porque ela não merecia”. Logo eu que na roça “ia atrás de galinha no galinheiro... alguns mais malandros iam na bezerrinha, na jumentinha, era comum, naquele tempo não tinha mulher”, mas quando fui deputado “usava o dinheiro para comer gente”.
Fui batizado por um pastor no Rio Jordão, mas “não sigo a religião evangélica”. Vou aos cultos porque minha mulher gosta, e porque isso me dá muitos votos. Tanto que meu atual casamento foi feito por um pastor, apesar de que eu e minha esposa sermos divorciados. Ainda bem que os evangélicos agora aceitam esse tipo de coisa.
Por falar em casamento, “sou totalmente a favor da família”, e por isso já tive três esposas e cinco filhos.
Sou contra o aborto, apesar de que o quarto filho bateu na trave, pois “eu queria que a companheira abortasse, mas ela quis manter e ele está aí até hoje... Não existe homofobia, mas eu preferia um filho morto a um homossexual”.
Na qüestão ambiental, “se depender de mim o índio não terá um centímetro de terra, porque os índios são responsáveis pelas queimadas. A cavalaria americana por exemplo dizimou seus índios no passado, e hoje não tem esse problema em seu país. E o quilombola, que não faz nada e devia ser pesado em arroba, não serve nem para procriar. Se for ver a História, o português nem pisava na África, os próprios negros que entregavam os escravos”.
Vamos criar auxílio para ajudar os pobres, porque “o pobre só serve pra votar, com título de eleitor na mão e diploma de burro no bolso. Voto não muda nada, só uma guerra civil”.
No tocante a economia, “não sou especialista e não sei nada”, perguntem ao meu secretário das finanças que “ele vai explicar como faremos para governar isso daí”. Por falar em economia, “eu sonego tudo que posso”.
Na saúde, “não posso fazer nada. Tenho histórico de atleta, por isso sou contra vacinas. Vão morrer alguns, infelizmente, mas e daí? Todos vamos morrer um dia. Não sou coveiro! Este é um país de maricas!
Sou de fora da política, mas quem for da oposição, vamos varrer na bala. Vamos botar esses picaretas pra comer capim na Venezuela.
Se depender de mim, todo cidadão vai ter acesso a armas de fogo dentro de casa. Quero todo mundo armado”.
Então, diante disso daí, você me daria seu voto?
Se você concorda comigo, vote em mim.
Meus valores também são os seus, vamos mudar isso daí, tá ok?
NOTA: os trechos entre aspas são reais.
993.878