terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

As 7 igrejas de Apocalipse (VI) final

É importante saber a quem estamos servindo, se a Deus, ou a Baal. Podemos estar sendo iludidos, pois o Diabo, personificado em falsos deuses, é um imitador muito competente. Ele não cria nada, mas imita tudo. Se Deus é uma trindade santa, o Diabo criou a sua própria trindade corrupta e corruptora: ele próprio, Satanás, é o pai; o Anticristo (a besta que emerge das águas/nações) é o seu filho; e o seu espírito do mal fala pela boca do Falso Profeta (a besta que emerge da terra). A Igreja de Cristo será arrebatada, embora alguns discordem e digam que ela passará pela tribulação; mas o certo é que a única igreja presente na Terra durante aqueles anos será a igreja de Satanás – também um remanescente, mas o remanescente das igrejas cristãs apóstatas, representadas por parte de Sardes, Tiatira e Laodicéia, como vimos antes.
Cuidado! O culto a Baal é parecido, em certos aspectos, com o culto a Jeová, e é por isso que muitos são enganados. Os profetas de Baal se parecem com os profetas do Deus Vivo. É por isso que a profetisa Jezabel enrola muita gente. É por isso que Balaão consegue doutrinar muita gente. É assim que Tiatira cresce.
Aliás, o lema dos adoradores de Baal é a quantidade. 400 profetas, 300 sacerdotes, sumos-sacerdotes e uma hierarquia infinita de pessoas e cargos, sendo que, no topo está o supra-sumo dos religiosos da entidade, seja por que nome se chame: bispo, apóstolo, patriarca, querubim, ungido... Quanto mais gente na platéia, mais cargos hierárquicos a ocupar; mais nicolaítas para mandar nos outros.
É por isso que o mundo criou a frase “pequenas igrejas, grandes negócios”. E a gente fica sem saber se uma igreja é bíblica ou é um culto a Baal, uma heresia, ou um negócio. Mas alguns indícios são claros.
Se o pastor gasta mais tempo pedindo dinheiro do que orando ou lendo as Escrituras, é um negócio.
Se o local está cheio, mas não há discipulado, o crescimento espiritual é zero, não há cuidado individual, mas apenas entretenimento... é culto a Baal.
Se o pastor não tem conhecimento bíblico, e não faz sermões expondo a Bíblia, mas é apenas um contador de “causos” ou de testemunhos, é Balaão dirigindo.
Se o enfoque for no “eu posso, decreto, determino”, idem.
Se a igreja vende bênçãos, prosperidade, unção, é pior que um negócio, é estelionato.
Se a pregação não for “tome a sua cruz e siga a Jesus”, definitivamente é um negócio, pois o pastor quer falar o que você quer ouvir, para não te incomodar e para ele ter mais seguidores – e mais dinheiro; para que ele possa se promover ainda mais, gastando milhões na televisão para ganhar ainda mais dinheiro. 
No culto de Baal, não se prega arrependimento. Isto é coisa de cristão. Essa pregação afugenta o ofertante, o dizimista. A esse tipo de adorador, não interessa o arrependimento. Além do mais, um discípulo de Baal não muda, mesmo quando se mostra que ele está no erro.
Se você entra em uma igreja como cliente, então pode comprar a bênção financeira. Você pode determinar coisas, pois investe parte do seu salário. Você está “semeando” (não sei o que, mas está). “Dê, e Deus te devolverá mui grande medida sacudida e transbordante”, mas visando colheita apenas neste mundo. Você cultiva 100 e terá 200. Você faz o sacrifício, paga sua “prestação” na “casa do tesouro”: é toma lá, dá cá. Ofertou, recebeu. Balaão e Jezabel, profetas que são, explicam que quando Deus não responde, é porque não demos a oferta correta; e quando a oferta é certa, a fé é que foi pouca. Mas lembre-se: Baal é que é surdo, não Deus.
Não é necessário entrar na questão da imoralidade, que é óbvia. “Ah, na minha igreja não tem imoralidade não, misericórdia”! Mas sobre prostituição espiritual e o “sacrificar a ídolos”, talvez a associação a Baal não fosse tão clara... até agora. Se o ensino que você recebe dificilmente se alinha com o que a Bíblia ensina, em especial com o que Jesus e as cartas nos revelam, e as suas práticas não se viram na Igreja Primitiva, é possível que sejam ensinos da profetisa Jezabel. Confira sempre com a Bíblia o que se ouve do púlpito! A pregação da profetisa Jezabel é sedutora: “Tenha fé!”- “Adore ao Senhor!” -  “Dê o seu melhor que ele te restituirá em dobro!”... versículos fora de contexto, passagens truncadas e adaptadas a um falso evangelho, um evangelho misturado, paganizado. Profetas de Baal pululam onde há pouco conhecimento das Escrituras.
Jezabel gosta de trazer “melhorias no culto”, novidades criativas e extravagantes para “dinamizar” ou “revitalizar” o culto racional: danças, toque de shofar, “levitas”, adoração profética, louvor violento. E Balaão gosta de dinheiro: pede dízimo, bízimo e trízimo, oferta especial, oferta alçada, oferta de primícia: oferta “teryman”, “oferta de príncipes”, oferta profética, sacrifício de louvor, honrar ao líder com seus bens e mais um monte de eufemismos para a palavra “estelionato”.
Todo Baal tem a sua Jezabel. “Jezabéis” podem ser homens, mulheres, ou até mesmo casais, que querem ser “líderes”. Gostam de ser o “braço direito”, ajudando em tudo! Gradativamente, passam a ditar regras, com distorções que podem variar de acordo com sua vaidade. É comum, como em Tiatira, perseguir os que discordam, e usar seu status alcançado para “pesar a mão” sobre quem queria apenas estar num culto cristão. Como fizeram com Elias.
Baal exige sacrifícios físicos. No tempo de Elias, os sacerdotes de Baal se mutilavam, se cortavam, se ralavam. Hoje, o sacrifício físico vem sob a forma do ativismo na igreja e do cansaço durante prolongadas horas de mantras e cânticos, que fazem parte da “adoração”.
Além disso, a falta de fé induz muitos a procurar a ajuda da religião falsa, esperando garantia de que tudo dará certo. Acazias, filho de Acabe e Jezabel, ferido num acidente, foi consultar Baal-Zebube (é esse  mesmo, o Belzebu), deus de Ecrom, para saber se se restabeleceria (II 2 Reis 1:2, 3). Hoje há muito crente indo atrás de profeta e de adivinho para saber se irá bem em tal e tal negócio, se é para casar com fulano ou cicrano, como se Deus fosse uma “Mãe Diná” – e sai cantando “vai dar tudo certoooooo”... “hoje o meu milagre vai chegaaaar”...
Baal-Peor é uma coisa vergonhosa (Oséias 9:10). Os que participam de seu culto perecerão: “Os vossos olhos têm visto o que o Senhor fez por causa de Baal-Peor; pois a todo homem que seguiu a Baal-Peor o Senhor, teu Deus, consumiu do meio de ti” (Deuteronômio 4:3).
No fim da carta a Tiatira, Jesus lembra a todos que deu oportunidade de arrependimento: “Dei-lhe tempo para que se arrependesse” (v. 21). Entretanto, o poder desse sistema apóstata ainda atua. Qualquer um que conheça alguma coisa que seja sobre a igreja católica romana e sua forma de adoração, e que se disponha a um olhar crítico e desapaixonado sobre a igreja evangélica de nossos dias, verá Jezabel em ação.
No verso 22 lemos que ela será lançada “em grande tribulação”, donde se infere que, ao contrário da Igreja verdadeira, a instituição católico-romana-evangélica não escapará à Tribulação que se seguirá ao arrebatamento (Apocalipse capítulo 17).
Naquele dia, Tiatira ficará para trás, juntamente com Laodicéia e Sardes. Com suas heresias, suas apostasias, seus costumes extra-bíblicos, formarão o núcleo da igreja apóstata do Anticristo, aceitando o ecumenismo global que constituirá a religião mundial liderada pelo Falso Profeta. Não admira que há alegados protestantes “se convertendo” ao catolicismo: são todos farinha do mesmo saco!
Os seguidores de Tiatira, como os filhos da Jezabel histórica, sofrerão o juízo de Deus: “ferirei de morte a seus filhos” (v. 23). É por isso que Deus diz: “Saí do meio dela”!
A morte aqui significa a segunda morte, o lago de fogo, cf. Apocalipse 20:15. É o Julgamento do Grande Trono Branco, quando aqueles que não receberam Jesus serão julgados por suas obras, de acordo com Apocalipse 20:11-15.
“EU SOU [uma referência clara à divindade de Cristo, cf. Levítico 18:2; Salmo 50:7; João 6:35, 48; 8:12; 10:10, 11, 14; 11:25; 14:6; 15:1; comp. Apocalipse 1:8, 18; 21:6; 22:13,16] aquele que sonda mentes e corações, e darei a cada um segundo as vossas obras”. Ainda que Tiatira clame que é forte e indestrutível, e que não será abalada (Isaías 47:4-15), o juízo de Deus não tardará.

Se você é parte de Tiatira, e vinha seguindo as profetadas de Jezabel e a doutrina de Balaão todo esse tempo, há uma esperança. Jesus diz que “a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as coisas profundas de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós; tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha”. Apesar de fazer parte da Igreja de Tiatira, não aceite, não siga suas falsas doutrinas! Jesus promete aliviar a todos os que rejeitarem “essa Jezabel”, reconhecendo a fidelidade deles e aconselhando-os a permanecerem assim até o fim.
“Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações,e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro; assim como também eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
Ao vencedor, dará a Ele autoridade sobre as nações, o que significa que quem abandonar Jezabel reinará com Ele no Milênio! O que a igreja apóstata sempre desejou – governar o mundo pela política – Jesus concederá de graça a quem permanecer fiel a Ele!
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Alguns links de fontes pesquisadas para estes artigos sobre as igrejas de Apocalipse (se esqueci algum, me mande que eu incluo na lista):